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22 novembro 2016

CULTO À MODA DISNEY!!!







Quem há 30 anos teria imaginado um culto Disneylandiano, irreverente, trivializado, banal, degradado? Lamentavelmente, nos nossos dias, a cultura da igreja se tornou conformada com a cultura de um mundo carnal. A sensação triunfa sobre a reflexão. A cognição cedeu lugar aos sentidos. O que interessa não é o que se expressa verbalmente, mas o que se sente. A razão tem sido posta de lado em detrimento da sensação. O Deus que se revelou para ter sua mensagem compreendida pelos homens se tornou o Deus das sensações. Avalia-se o culto por quanto as pessoas se rebolaram, se sacolejaram, se mexeram, e não por quanto aprenderam sobre Deus. Nesse contexto, tome rock, rap, hip-hop, samba, jazz, blues, forró, fumaça de gelo seco, luzes piscantes, lasers estroboscópicos, ... Não há distinção entre a igreja e uma boate. A densidade teológica do culto foi substituída pela teatralidade gestual-sensual. A igreja copiou a cultura do mundo. Tudo à moda Disney!

Alguns pastores adotaram em suas igrejas o culto à la Disney porque acham que a igreja deve acompanhar a evolução tecnológica da sociedade. É por essa razão que a fé deixou de ser compreensão e passou a ser sensação e, o entendimento cedeu espaço ao sentido. As pessoas não crêem mais, apenas sentem. Por conseqüência, o rebanho ficou aleijado, a santidade atrofiada e o amor a Cristo deu lugar ao entretenimento e a auto-indulgência. O pastor à la Disney fala sobre santidade, fé e morte substitutiva de Cristo, mas o pecador ao observar a cultura carnal da igreja, ou seja, a maneira sensual de se vestir da membresia e os estilos de músicas desenvolvidas por pessoas ímpias para proclamar imoralidade, concluem: “Posso continuar a desfrutar dos aspectos pecaminosos do mundo e ainda assim Cristo me levará para o céu”

O culto à la Disney tem como foco atrair os incrédulos usando como isca o mundanismo. Só que é impossível expor a doutrina da salvação comprometida com o mundanismo. A acomodação do mundanismo com o Evangelho é biblicamente condenada e não advogada. O Senhor Jesus nunca ensinou que o Evangelho poderia ser recomendado através de mundanismo patente, muito menos por insinuações imorais e vulgares. Ao contrário, “Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem o vosso Pai, que está nos céus” (Mt 5:16). Quando se usa o mundanismo como isca gera-se “crentes-moscas”; ora pousam no mel, ora pousam nas fezes. A redenção disneylândiana é uma falácia, pois não leva a sério a necessidade do caráter cristão. Os “crentes-moscas” gerados pelo culto à la Disney têm sentimentos frívolos que os fazem ignorar a gravidade da prática do pecado.

Os pastores disneylândianos dizem: “Precisamos culturalizar nossos cultos”. Na realidade esses pastores querem mundanizar o culto a Deus, amalgamando-o à cultura secular. Sinceramente, só quem quer ser cego que não enxerga a desgraça dessa frase disneylândiana. Eu não consigo imaginar um culto ao Deus Altíssimo com música balançante, instrumentos musicais erotizantes e coreografias sensuais chamando à atenção do público para os pulsantes quadris das animadoras. Na verdade, a expressão “culturalizar nossos cultos” deveria ser substituída por: “fornicação para a glória de Deus”. Culturalizar, mundanizar, o culto a Deus é estabelecer o “bacanal do bezerro de ouro”, é mesclar as designações cristãs com cerimônias pagãs, a fim de agradar as imaginações carnais dos homens. A Bíblia é taxativa: “A amizade do mundo é inimizade contra Deus. Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4).

Em Números 25 é registrado uma triste situação em relação aos israelitas: as filhas dos moabitas conseguiram separar os israelitas do Senhor seduzindo-os ao culto sensual dos falsos deuses dos moabitas. A Bíblia diz categoricamente que Israel juntou-se a Baal-Peor. Iludidos pela batucada e danças, os israelitas romperam sua fidelidade a Deus. Semelhantemente, os pastores à la Disney conseguiram ludibriar, hipnotizar, enfeitiçar muitos crentes incautos levando-os a uma falsa concepção de Deus e a falsos conceitos sobre salvação e adoração. Dizem os líderes à la Disney: “Nosso culto é moderno, ativo, atual, encantador, global, bacana, inovador, fashion, show, lindo, chique”. Esquecem de acrescentar: blasfemo, banal, irreverente, trivializado, degradado, pobre, alienante, que diminui Jesus, esmaece a cruz e agrada a carne.

Que o Senhor nos ajude a resgatar o culto com conteúdo, com ensino, com Bíblia exposta, com cânticos com nexo, com Cristo e sua luz brilhando! Que Deus nos ajude a não ceder à força da pobreza litúrgica que nos avassala!


18 novembro 2016

IGREJAS CHÁ DE ERVA DOCE!

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A planta erva-doce é originária do Oriente e no passado era cultivada nos países do Mediterrâneo. O chá de erva-doce traz uma sensação de calma e de conforto-relaxante. Seu cheiro é excessivamente doce. Se pensarmos em Deus como chá de erva-doce - relaxante e doce demais, o pecado não parece tão mau e o estado dos perdidos não nos incomoda. Num esforço de alcançar multidões, a igreja moderna perdeu o foco de sua verdadeira missão ministerial. O mundo está repleto de igrejas chá de erva-doce: confortáveis e relaxantes. As igrejas chá de erva-doce estão lotadas de pessoas sem familiaridade com os fundamentos bíblicos, pois seu foco é relaxar as multidões, e não agradar a Deus. Como não é possível relaxar as multidões e agradar a Deus ao mesmo tempo, as igrejas chá de erva-doce estão conduzindo sua membresia para um suicídio teológico e uma espiritualidade vã.

O número de pregadores que falam prioritariamente para agradar e relaxar as pessoas tem aumentado. Mensagens que reafirmam a carne deixando as pessoas confortáveis com seus pecados crescem assustadoramente. Hoje, presenciamos programas de igrejas elaborados explicitamente com o objetivo de satisfazer os desejos carnais e os apetites sensuais. A igreja chá de erva-doce tornou-se um clube social. Nela encontram-se rinques de patinação, pista de skate, sauna a vapor, massoterapia, banhos termais, ginásio poliesportivo, salão para videogames e restaurantes. É o evangelho da realização pessoal junto com o evangelho do entretenimento. Nas igrejas chá de erva-doce a graça é oferecida de maneira tão doce e tão relaxante que não gera mudança de vida nem de comportamento.

Os pastores das igrejas chá de erva-doce estão levando suas igrejas para um abismo repleto de afagos e nenhuma base teológica. Esses pastores ensinam que os crentes são livres para saquear os “egípcios”, mas não estão proibidos de fazer um bezerro de ouro dos despojos. Neste contexto, os princípios corretos da modéstia bíblica foram à bancarrota. As pessoas na adoração coletiva ao Deus santo são atraídas para o pecado da impureza, por meio do esplendoroso desfile de roupas despudoradas. Enfim, os pastores das igrejas chá de erva-doce perderam a visão de que a glória de Deus e a preservação da pureza devem ser o nosso alvo primário.

Os líderes das igrejas chá de erva-doce partem do princípio de que o homem nasceu para ser agradado. Desse modo, o “eu creio” é substituído pelo “eu sinto”. De acordo com os líderes erva-doce, o melhor modo para alcançar os perdidos é descobrir o que eles querem adquirir e o que querem sentir não importando se o querer e o sentir sejam antibíblicos. Nesse contexto, o evangelho é um embrulho de presentes para oferecer os incrédulos e, Jesus Cristo é oferecido como o “máximo” em suprir excitações emocionais. Nas igrejas chá de erva-doce Deus é moldado para satisfazer as “necessidades sentidas” das pessoas. O tema central das mensagens do pastor erva-doce é: “Deus ama você, o melhor de Deus está por vir, Ele satisfaz suas necessidades e o torna realizado”. O evangelho se Assemelha a um camaleão uma vez que pode tomar qualquer aparência que seja necessária. Tudo que importa é que as pessoas se sintam melhor, relaxe e pareçam estar perto de Deus. Nesse processo, as ovelhas são conduzidas a ficar cada vez mais distantes do verdadeiro Deus. Na verdade, a igreja chá de erva-doce está oferecendo um cristianismo não encontrado em nenhuma parte das Sagradas Escrituras.

As mensagens dos pastores erva-doce têm levado os crentes a viverem completamente na filosofia mundana, conformando-se cada vez mais ao estilo de vida da sociedade em que vivem. Em outras palavras, pensam como descrentes, falam como descrentes, comportam-se como descrentes, divertem-se como descrentes, vestem-se como descrentes, solucionam seus problemas como descrentes e tomam decisões como descrentes. Alguns chegam às raias do ridículo ao afirmar que existem revelações fora da Bíblia. Deus fala através de novelas, filmes mundanos, músicas seculares e carnavais. Aliás, os pastores erva-doce tentam dar um significado bíblico para o carnaval. Já existem “os evangelistas do carnaval” infiltrados na festa curtindo o “pula-pula” com seus blocos carnavalescos ao som de música gospel. Os líderes dos “missionários do carnaval” sem nenhum pejo gritam no meio dos foliões: “Deus está nessa festa”. Tamanha blasfêmia! A Bíblia nos exorta a nos portarmos dignamente conforme o Evangelho de Cristo abstendo-nos da aparência do mal, conservando a fé e a boa consciência. Vivamos de maneira sensata, justa e piedosa no presente século! (Tito 2:12).

Nas igrejas chá de erva-doce as pessoas se importam muito pouco com o que Deus é. Nessas igrejas, Deus não é conhecido nem compreendido, Ele é usado. Por isso, as pessoas vão a essas igrejas não por fidelidade, obediência e gratidão a Deus, mas para satisfazer suas necessidades. Os membros das igrejas chá de erva-doce têm-se sentido felizes, pois seus pastores apresentam-lhes um Deus que é o “Cara”; o Cara bacana que pode levá-los ao céu sem arrependimento e sem fé. A história da igreja mostra que as gerações passadas responderam à verdade porque lhes ensinaram uma teologia bíblica que lhes trouxe maturidade em Cristo. Mas, os líderes erva-doce insistem em afirmar que uma teologia cem por cento bíblica não convém ao mundo moderno. De acordo com esses líderes, se o ímpio insiste em recusar o Evangelho, deve-se oferecer a ele Jesus acrescido de todos os seus desejos carnais. Ora, qualquer apresentação do Evangelho onde não esteja presente um desafio para o ímpio mudar radicalmente seus pensamentos e atitudes carnais em relação a Deus e Seu plano de salvação, não é o Evangelho pregado nas páginas do Novo Testamento. Devemos frisar que a nossa sociedade está inserida no relativismo, portanto, nossa mensagem opor-se-á a ela cada vez mais.

Louvo a Deus pelo remanescente santo que Ele tem preservado neste mundo caído. Hoje, muitos estão defendendo corajosamente uma teologia sadia; estão declarando com clareza, em muitos lugares, a gloriosa verdade da salvação pela fé tão-somente em Cristo sem incorporar filosofias seculares e modismos.

13 novembro 2016

REFLEXÃO!

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"O céu pagará qualquer prejuízo que possamos sofrer para ganhá-lo; mas nada pode pagar o prejuízo de perdê-lo"

09 novembro 2016

PASTORES QUE DEIXAM ROLAR DE TUDO!!!

PASTOR: NÃO DEIXE ROLAR!
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Há uma filosofia altamente contagiosa que já deteriorou muitos ministérios – a filosofia luciferiana “Deixa Rolar de Tudo”. Na busca desenfreada por membros os pastores da filosofia “Deixa Rolar” utilizam-se dos mais variados métodos que vai do entretenimento às campanhas-cabalistas travestidas de evangélicas. “Sua causa no tribunal de Deus”, “Destruindo o gigante na sua família” são algumas das campanhas-cabalistas enganosas.  Todas elas de sete dias ou de sete semanas. A pregação confrontadora do pecado deu lugar ao entretenimento e às campanhas.

Não muito tempo atrás ser crente era motivo de chacota e perseguição, hoje, com a filosofia luciferiana “Deixa Rolar de Tudo” reinando nas igrejas, ser crente é fazer o que der na cabeça. Tudo vale. A conseqüência é que o crente virou sal sem sabor, árvore infrutífera e luz sem qualidade. Hoje, filme pornô, humorismo pornográfico, revista erótica e carnaval não é mais pecado. Aliás, até carnaval “evangélico” já existe com samba enredo, rebolado, fantasias e o direito entre os jovens de “Ficar”.


Os pastores adeptos da filosofia “Deixa Rolar de Tudo” dizem: “Não podemos assumir uma postura anti-carnaval; precisamos dar-lhe um significado bíblico; precisamos nos vestir como eles, falar a linguagem deles e dançar como eles para ganha-los para Cristo”. Ora, a Bíblia diz que não somos livres para sermos companheiros das obras infrutíferas das trevas (Ef 5:11), nem somos livres para nos envolvermos com coisas que têm aparência do mal (I Tsss 5:22). Não é necessário entrar na lama para evangelizar os enlameados. A Palavra de Deus nos ensina a buscar os frutos do Espírito (Gl 5:22) e não nos tornarmos parte deste mundo, sendo por ele influenciados. Portanto, a estratégia evangelística dos líderes “Deixa Rolar” cai no ridículo e não passa de loucura aos olhos de Deus.


O espírito da filosofia luciferiana “Deixa Rolar deTudo” está agindo como nunca, a fim de contrariar a legítima obra do Espírito Santo, disfarçando-se de Espírito de Deus, conduzindo as pessoas às trevas e a uma falsa intimidade com Deus. Os pastores da filosofia “Deixa Rolar” destilam veneno na área do louvor. As canções são sempre as mesmas, ou seja, uma farra carnavalesca agitadoras de massas. Sem cunho doutrinário as canções exaltam a estultícia teológica dos “sonhos de Deus” e do “melhor está por vir”. As letras das canções falam somente de cura, sucesso, prosperidade e status social. Nesse embalo antibíblico, o povo é levado enganosamente a fazer votos, correntes e toda espécie de negociata com Deus. A pregação adocicada e antropocêntrica, e o apelo no final do culto, são montados para produzir um estado quase hipnótico a fim de arrebanhar grandes multidões.


Na visão dos pastores da filosofia luciferiana “Deixa Rolar de Tudo”, a igreja atual precisa se atualizar buscando um “novo semblante” para a sua missão. Na verdade, esse “novo semblante” defendido pelos líderes “Deixa Rolar” conduziu a um relaxamento da pregação bíblica onde não se mostra o custo de se seguir a Cristo. Os luciferianos pastores banalizaram a conversão a ponto de não advertir as pessoas que salvação implica em abnegação pessoal e marca o inicio de um grande conflito cuja vitória vem após muitas feridas e lutas. A filosofia “Deixa Rolar” levou milhares de pastores à confusão. Eles confundem convencimento com conversão. Sentimento eles confundem com graça, e emoção confundem com fé.


Quanto à oração os seguidores da filosofia “Deixa Rolar de Tudo” negam o ensinamento de Jesus em Mateus 6:6 – “Tu, porém, quando orares entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto”. Os pastores luciferianos apesar de dizerem que são da “igreja de Cristo” negam a literalidade dessa passagem ao afirmarem que Jesus está ensinando tão somente que a oração é um estilo de vida. Ora, a ênfase de Jesus nessa passagem é que todo crente deve ter um lugar para estar a sós com Deus a fim de buscá-lo. Jesus tinha os seus lugares secretos para orar (Lc 4:42; Mat 14:23; Mc 1:35; Lc 6:12). Portanto, é contraproducente a interpretação dos luciferianos. O diabo odeia aquele que busca intimidade com Deus no lugar secreto de oração.


O diabo tem amordaçado muitos pastores levando-os a serem simpáticos a todos. Nesse contexto, os amordaçados pastores, não são politicamente incorretos. Apoiam tudo, deixam rolar tudo, porque tudo é certo. Jesus é ausente em seus sermões. Não falam do poder da mensagem da cruz e o Evangelho na sua inteireza é ignorado. Esses homens fizeram da igreja uma ONG religiosa para prestar os serviços que o povo deseja. Quando são contrariados em suas posições não aceitam, ameaçam e comportam-se como Brucutu.


Termino com um apelo: Pastor, você que está entrando na onda do “Deixa Rolar deTudo” fique fora, não deixe rolar, pois do contrário, o seu lugar definitivo será o lago de fogo.

03 novembro 2016

REFLEXÃO!

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“Uma pequena coisa é uma pequena coisa, mas a fidelidade nas pequenas coisas é uma grande coisa.”

02 novembro 2016

DIFERENÇAS ENTRE A IGREJA PRIMITIVA E A IGREJA ATUAL!

A igreja de hoje comparada à igreja primitiva

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O que será que existe de semelhante 
entre a igreja primitiva e a igreja 
atual? 
Absolutamente nada. Já começamos 
com os prédios. As igrejas antigas 
eram simples, e as de hoje quanto 
mais luxo melhor. Na igreja primitiva 
as pessoas se ajudavam, reuniam-se 
diariamente, partiam o pão em suas 
casas e juntos, com os irmãos. (“E 
perseveravam na doutrina dos 
apóstolos, e na comunhão, e no partir 
do pão, e nas orações”), At: 2-42.

Participavam das refeições, 
com alegria e sinceridade de 
coração. At: 2-46. 
Respeitavam-se
mutuamente,eram simples, 
não eram autoritários, 
andavam sempre em retidão, 
pois já esperavam a vinda 
iminente do Senhor Jesus, e 
para isso queriam estar 
preparados. 

Existia respeito entre pais e filhos. Quando um pai decidia receber a Cristo e ser batizado, ele era seguido pelos seus filhos em sua decisão. Todos tinham o dever de treinar grupos e conduzi-los à comunhão com os outros cristãos. Repartiam os bens entre todos, segundo a necessidade de cada um. Quando havia alguma carência física ou espiritual, a igreja se organizava para que o problema fosse resolvido. Eram incentivados a orarem uns pelos outros. Eles estavam sempre prontos e dispostos a falar com Deus, em nome de Jesus em qualquer circunstância.
E nós estamos dispostos a orar por algum irmão necessitado a qualquer hora? Acho que hoje em dia, nem os pastores fariam tal proeza.
Eles perseveravam no ensino dos apóstolos, e na alma de cada pessoa havia pleno temor, (que é um estado de adoração contínua) pela presença majestosa de Deus operando milagres e maravilhas no meio deles e entre a multidão que ia se convertendo pelo Espírito Santo. Tais atos eram um testemunho poderoso em Jerusalém e em muitas outras partes. A igreja não permitia que a ninguém faltasse o necessário para viverem. Todas as colaborações eram voluntárias e generosas, acompanhadas de muita oração e manifestações de louvor e satisfação.
Para eles, o mais importante era estar bem com os seus semelhantes, e poderem estar juntos com seus irmãos de fé. Faziam cultos nos lares das pessoas, não havia hora nem local determinado, não possuíam locais fixos para adoração. Quando era à hora, eles simplesmente se reuniam e comungavam do Espírito de Deus. Eles trabalhavam despreocupados de terem um local próprio. Para eles a igreja existia pelo que seus membros faziam e pensavam, não pela posse de bens materiais. 
Como vemos, aquela igreja não tem nada a ver com as igrejas de hoje. A grande maioria deseja crescer tanto, que não mais conhece seus membros. Eles não passam de números de inscrição em seus computadores, ou às vezes, existe alguma anotação quanto ao dízimo ofertado pelo membro.
As ovelhas são apenas participantes alheias daquele aprisco, pois para chegar perto do pastor existe uma enorme barreira. Hoje, vemos crentes tristes, introvertidos, com problemas materiais e espirituais que não conseguem compartilhar com ninguém. A alegria deve ser o estado de ânimo do crente, não apenas uma euforia momentânea ou eventual, pois isso é próprio dos que não depositam sua fé e até a própria vida aos cuidados do Senhor. Todas essas coisas, são frutos do Espírito Santo. E o que será que a igreja tem ensinado a seus membros acerca do Espírito Santo? Algumas dizem que o Espírito Santo só existiu no Pentecostes no tempo dos Atos dos Apóstolos, outros que você deve buscar sempre, sem ensinar como buscá-Lo verdadeiramente.
A igreja de hoje para tentar se equiparar a igreja primitiva, teria primeiramente que abdicar de toda a sua soberba, egoísmo, superioridade, exclusão, preconceito, e outros tantos adjetivos próprios de quem possui o ego muito inchado. Nada há de semelhante à verdadeira igreja de Jesus Cristo. Hoje é cada um por si, e a grande maioria pratica a “lei de Gerson”. Querem levar vantagem em tudo, fazendo com a igreja e seus superiores uma eterna barganha para obterem cargos dentro da instituição. Por mais que tentemos imitar a igreja do início do Cristianismo, nada poderá ser feito se antes não tivermos a plenitude do Espírito Santo, para que o homem saia do pecado e do erro.
A igreja de hoje precisa se lembrar que só Jesus Cristo é o líder, em detrimento da liderança humana. Jesus é o centro, e a autoridade única na igreja. Só dessa maneira voltaremos a vivenciar a verdadeira palavra, expressa no Novo Testamento.
“E conhecer o amor de Cristo, que excede todo entendimento, para que sejais tomados de toda a plenitude de Deus.” Ef. 3-19.
Se Cristo já fundou sua igreja porque existem pessoas fundando outras igrejas e dizendo que Cristo as mandou fundarem?
Cristo não mandou os discípulos fundarem igrejas e sim irem e fazerem discípulos!

Na igreja primitiva havia unanimidade de propósito (Atos 2:46)

Na de hoje, há inúmeras divisões

A igreja primitiva se reunia em casas (Rm. 16:5; I- Cor. 16:19)

A de hoje se ajunta em suntuosos templos

Na igreja primitiva todos tinham unção (I-João 2:20 e 27)

Na de hoje, há um pequeno grupo de “ungidos do Senhor”

A igreja primitiva era dirigida pelo Espírito Santo (At. 15:28; At. 16:6-7)

A de hoje é governada por “grandes homens” de Deus

Na igreja primitiva havia repartição de bens (At. 2:45; II-Cor. 8:13-15)

Na de hoje, cada crente tem que buscar sua “benção”

Na igreja primitiva todos cantavam com salmos, hinos e cânticos espirituais (Ef. 5:18)

Na de hoje, há “ministérios” de louvor

Na igreja primitiva havia unção de óleo sobre pessoas (Tg. 5:14)

Na de hoje, a unção é sobre objetos

A igreja primitiva elegia seus obreiros (At. 6:3-5; 14:23; 15:22; I-Cor. 8:19)

Na de hoje, eles são escolhidos pelos pastores

Na igreja primitiva os obreiros não queriam ser pesados a ela (At. 20:33-34)

Na de hoje, eles sugam os seus recursos

Na igreja primitiva os obreiros reconheciam que eram pecadores (I-Tim 1:15)

Na de hoje, eles se consideram super-crentes

Na igreja primitiva os obreiros estavam aprendendo e crescendo (Fp. 3:12-14; 4:11)

Na de hoje eles se acham infalíveis

A igreja primitiva disciplinava seus membros (Mt. 18:15-20)

Na de hoje só os pastores o fazem, e quando fazem

A igreja primitiva era perseguida (At. 8:1)

A de hoje, muitas vezes, é perseguidora

Na igreja primitiva o Senhor avivava os corações (At. 4:31)

Na de hoje, o “avivamento” é produzido pelos homens

Na igreja primitiva a sabedoria vinha de Deus (Tg. 1:5)

Na de hoje, vem dos cursos de teologia

A igreja primitiva não tinha nada e era cheia de graça (At. 3:6; Ap. 3:8)

A de hoje tem muito e não possui nada

“Quem é minha mãe e quem são meus irmãos? E, estendendo a mão para os discípulos, disse: Eis minha mãe e meus irmãos.” (Mt. 12:48-49)




Temos que ser “Mais do que uma igreja, uma família”! 
De um modo geral, a igreja tem se organizado e vivido como mais uma instituição moderna no mundo. Há reuniões programadas, líderes (que à vezes se apresentam como donos), prédios e uma quantidade variável de membros, que muitas vezes se comportam como clientes de produtos religiosos. E é só. Não há comunhão fraterna entre os membros, com real envolvimento afetivo entre eles. Somos expectadores de um espetáculo espiritual, mas não companheiros na jornada da vida cristã Ora, a família não é "mais que a igreja", porque esta é a família de Deus (Ef. 2:19; Gl. 6:10).Os crentes não são como irmãos, mas o são de fato, porquanto todos foram gerados pelo mesmo Pai (I-Jo 3:1). Viver em comunhão é refletir o caráter de Deus ao mundo, é pregar eloquentemente sem palavras. Comunhão significa dentre outras coisas em compromisso, envolvimento e afetividade. Só assim poderemos cumprir diversos preceitos bíblicos como, por exemplo, chorar com os que choram, se alegrar com os que se alegram, praticar hospitalidade e compartilhar as necessidades uns dos outros (Rm. 12:9-15; I-Jo 3:17). O nosso laço é não apenas com Deus, pois Ele nos uniu a todos (I-Cor. 12:12-26). Não podemos, pois repetir a cínica interrogação de Caim: "Sou eu guarda do meu irmão?” (Gên. 4:9).
Quando a igreja foi formada viveu uma autêntica contracultura e impressionou o mundo de sua época. As barreiras sociais e étnicas caíram por terra e a comunidade cristã era uma grande família, em seu sentido mais profundo: “Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.” (At. 2:44). O historiador francês Paul Veyne afirmou que a sociedade romana foi impactada pelo comportamento amoroso da igreja, a qual ela chamou de “obra-prima”. Embora haja discussão sobre a maneira como os discípulos administraram os bens, não temos como negar que entre eles havia um senso de comunhão muito forte, que era originado na graça de Deus (At. 4:33-35; II-Cor. 8:1-4 e 9:12-15).No século XVI, os anabatistas tentaram viver o cristianismo de forma autêntica, recuperando o sentido de comunhão fraternal da igreja. Assim, o anabatista Ulrich Stadler escreveu em 1537: “Quando cada membro ajuda igualmente o corpo inteiro, o corpo cresce, e há paz e unidade, se cada membro cuida do outro”. Outros grupos fizeram o mesmo esforço no decorrer da história como os quakers no século XVII e os metodistas no século XVIII. 
Precisamos imediatamente restaurar o sentido bíblico da igreja, para que ela seja de fato aquilo que Deus planejou para ela: comunidade amorosa de homens e mulheres regenerados pelo poder do Espírito Santo. Mas porque fracassaram, porque seguiram o exemplo das igrejas oriundas do Catolicismo, com seus prédios e cerimoniais e não das igrejas simples que seguiam os ensinamentos dos Apóstolos e de Cristo.

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