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26 fevereiro 2016

O VERDADEIRO CULTO A DEUS!


Introdução
Deus chamou Isaías para ser 
porta-voz de Sua mensagem. Foi
quando da morte do rei Uzias —
num tempo de prosperi­dade em
Judá. Ao mesmo tempo, Amós e 
Oseias eram os porta-vo­zes do Senhor 
no reino dividido de Israel. 
Aparentemente, tudo estava bem em
ambas as partes; mas Isaías, profeta
de Deus, pela ins­piração divina, 
observou que essa prosperidade 
servia de capa para esconder muita 
corrupção no meio do povo judeu. 
Havia muita avareza, muito 
abuso de poder e esquecimento dos
de­veres morais e espirituais, 
ainda que o povo aparentasse certa
rigorosidade na observância às formas
religiosas.
A Bíblia diz: Se quiserdes, e ouvirdes,
comereis o bem desta terra [...] 
Quando, pois, tiverdes entrado na 
terra que o Senhor vos dará, como
tem prometido, guardareis este 
culto (Is 1.19; Ex 12.25).

1 – O Falso Culto Denunciado
(Is 1.10-15)

Os denunciados, príncipes de 
Sodoma e povo de Gomorra (v. 1), são
comparados aos príncipes de Judá e
aos habitantes da Cidade Santa — 
Jerusalém (cf. Mt 4.5). Por quê? Os 
dirigentes e o povo eram culpados
dos pecados que, eventualmente, 
conduziriam essas cidades
à des­truição. Posteriormente, 
Ezequiel fez a mesma comparação, 
delatando inclusive os pecados das
cidades: Eis que esta foi a iniquidade
de Sodoma, tua irmã: soberba, 
fartura de pão e próspera 
tranquilidade teve ela e suas 
filhas; mas nunca amparou o pobre
e o necessitado. Foram 
arro­gantes e fizeram abominações 
dian­te de mim... (Ez 16.49. Veja vv.50
-60).
Face ao exposto, o que não interessa a
Deus:

a) Expressões vazias de
devoção ao Senhor.
 Ritualismo vazio e seguimentos
decorados não são do interesse de 
Deus: De que Me serve a Mim a 
multidão de vossos sacrifícios, diz o 
Senhor? Estou farto dos holocaus­tos 
de carneiros, e de gordura de 
animais cevados, e não Me agrado
do sangue de novilhos nem de 
cor­deiros, nem de bodes (v. 11). Tais
ofertas, embora corretas segundo a
Lei, perderam o valor, porque 
par­tiam de corações pecaminosos e
mãos manchadas. Deveriam ser 
expressões de devoção a Deus, 
acompanhadas de arrependimento, 
humil­dade, louvores e justiça. 
Infeliz­mente, o Diabo engana os 
ho­mens fazendo-os pensar que atos
formais ― ri­tos, cerimônias,
cultos de aparência, retetés
histerias, movimento do cai-cai, unção
do riso, fumaça e jogo de luzes 
coloridas no altar, “shows”, 
coreografias, teatros, retiros, 
movimentos corporais imitando os 
cultos de origem africana, 
danças, procissões, movimento de 
“adoradores”, etc. ― consti­tuem a 
essência do culto, e Deus os aceita
no lugar de um cora­ção 
quebrantado. Jesus não denunciou 
os fariseus porque pagavam o dízimo
até da hortaliça, mas porque 
deixavam de obedecer às coisas mais
importantes da Lei: a justiça, a 
mi­sericórdia e a fé (Mt 23.23). Na
verdade, embora pareçam muito
espirituais, não passam de “ventos
de doutrinas” (Ef 4.14) e “doutrinas 
várias e estranhas” (Hb 13.9), pois,
em muitos casos, são heresias,
sem nenhum fundamento bíblico, as
quais levam o engano às pessoas que,
infelizmente, não estão preparadas 
para rebatê-las, já que o culto ao 
Eterno é racional, com uso do 
entendimento, com decência e ordem,
a fazer com que “os espíritos dos 
profetas sejam sujeito aos próprios 
profetas” (Rm 12.1; 1Co 14.15,32). A
fórmula de Deus ainda é a antiga:
um avivamento verdadeiro nasce tão
só pela Palavra, pelo temor e pela 
oração (Hc 3.2; At 1.14). E isto nos
basta!
Não são expressões de devoção ao 
Cristo de Deus o que os “cafetões da
prosperidade” — filhos de Satanás, 
os quais ensinam por interesse e 
fazem negócios na Casa de Deus 
(2Pd 2.1-3; Mq 3.11) ― 
têm demonstrado pomposamente na
época presente. Eles são 
falsificadores da Palavra de Deus 
(2Co 2.17) e falsos apóstolos 
(2Co 11.15). Não servem ao 
Salvador Jesus, mas ao próprio 
ventre: terríveis inimigos da cruz 
de Cristo (cf. Fp 3.18,19), fazendo do
Evangelho “causa de ganho” (1Tm 6.5)

Nas igrejas dos “cafetões da 
prosperidade” impera o 
“misticismo”. O que é “misticismo”?
“É a crença, que eles abraçaram
do paganismo, segundo a qual é 
possível alcançar uma comunhão com
Deus através de símbolos, rituais e 
objetos tidos como “sagrados”;
meios visíveis (apalpáveis) para 
alcançar a fé no Deus invisível; 
depositar a fé em coisas 
inanimadas, atribuindo-lhes poder 
para o alcance de uma bênção”. 
Por isso, nos cultos desses “vigaristas 
da prosperidade” são distribuídos 
amuletos ao povo como “pontos de 
contacto de fé” ― ou seja, meios de
depositar a fé em Deus. Sabemos
que “amuleto” é “qualquer objeto
que uma pessoa atribui poder 
espiritual para se proteger de
influências malignas, diabólicas,
enfermidades, etc.; objeto que 
alguém consagra a fim de, por
meio dele, ser abençoado, sendo um 
símbolo de fé que o levará a Deus e
a conquistas de bênçãos, curas,
livramentos, etc.”
Em agudo contraste a isso, a Bíblia 
destrói de todo os falsos ensinos
dos “cafetões da prosperidade”. O que
é fé? A resposta está em Hebreus
11.1: “Ora a fé é o firme fundamento
das coisas que se esperam, e a 
prova das coisas que se não 
veem. O versículo é muito claro:
“que se não veem”. Logo, se o cristão
coloca a fé dele em quaisquer 
coisas que vê, elas tornam-se 
“amuletos” e o pecado que pratica é o 
“misticismo”.
O Livro de Deus 
veementemente condena tais 
procedimentos: “Nem tão pouco é
servido por mãos de homens, como
que necessitando de alguma coisa; 
pois Ele mesmo é quem dá a todos a 
vida e a respiração a todas as 
coisas” (At 17.25). Por consequência, 
o salvo em Jesus não pode ser 
como os gregos (de Atenas) pagãos
e idólatras, que queriam buscar o
Senhor, porém, desejavam um 
símbolo de fé; isto é, “tateavam” 
(apalpavam; tocavam nas coisas) 
querendo O encontrar (cf. At 17.27)
Além do mais, isso é tipo de idolatria,
visto que tira o primeiro lugar do 
Todo-Poderoso, o Deus invisível, do
coração do homem. A Escritura 
ressalta: “Guardai-vos dos ídolos” 
(1Jo 5.21).
Com efeito, os “cafetões da 
prosperidade” oferecem vários 
amuletos em suas igrejas caídas, 
mortas e sem o Espírito Santo! Dentre
os quais: selo da prosperidade,
credencial da prosperidade, água 
ungida, espada de Gideão, pedra de
Davi, rosa ungida, fogueira santa, 
fronha dos sonhos, sabonete do 
descarrego, ponto de luz, um
par de meias consagradas, chave da
vitória, cântaros, grudar (atribuindo 
poder ao papel) o Salmo 91 
ou envelopes do “livramento” na 
porta (ou andar com ele na bolsa,
na carteira, etc.) achando que trará
proteção — tudo isto não passa
de amuletos e exposição do misticismo
e da doutrina de satanás no seio da 
Igreja.
O salvo crê sem ver: isto é fé! “Pela 
fé [Moisés] deixou o Egito, não 
temendo a ira do rei; porque ficou 
firme, como vendo o invisível” 
(Hb 11.27). E mais: “Não atentando
nós nas coisas que se veem, mas nas 
que não se veem; porque as 
que se veem são temporais, e as que
se não veem são eternas” (2Co 4.18).
Nada o crente precisa para se apoiar
ou se achegar a Deus. Jesus é o 
único Mediador entre Deus e os 
homens (1Tm 2.5). Temos a Palavra,
e Ela nos basta! (Js 1.8,9). Sobre o 
justo está a bênção do Senhor 
(Sl 3.8), e não sobre objetos 
inanimados... É devido a isso que 
o cristão tem de andar em Espírito!
(Gl 5.16).

b) Coração longe de Deus. 
A mera frequência aos cultos de nada
serve. O versículo 12 denuncia o 
cos­tume de apenas “pisar os 
átrios do Senhor”, pensando que a 
pre­sença física e um ato religioso 
são suficientes. Há gente que está
fisicamente na igreja, mas o coração
está muito longe de Deus (Mc 7.6).

c) Perda do valor espiritual.
Deus recusa as formalidades 
(Ec 5.1-7). A Escritura diz: Não
continueis a trazer ofertas vãs; o 
incenso e para Mim abomi­nação, e
também as luas novas, os sábados, e 
a convocação das congregações... 
(v. 13). As ofertas aludidas eram
as ofertas de manjares de cereais 
(Lv 23.13,14), porém representavam
apenas atitudes exteriores. As luas 
novas (quer dizer, festas mensais —
Nm 28.11-14), o sábado e a 
convocação das congregações — 
festividades semanais e anuais, 
respectivamente (1Cr 23.31) eram 
características do culto judaico 
(2Cr 2.4; 8.13; 31.3; Ez 45.17; 
Os 2.11; Cl 2.16,17), mas 
destituídas de valor espiritual, pois 
eles (os israelitas) estavam sujos, 
rebeldes, cheios de iniquidades. Por
isso, Deus escondia deles o Seu 
rosto (v. 15). Davi disse: Se eu 
atender à iniquidade no meu coração,
o Se­nhor não me ouvirá (SI 66.18). 
Maldade, violência, injustiça, 
hipocrisia e falta de compromisso:
estes eram os grandes pecados 
daquele povo (Is 1.15-17). E 
parece que continuam sendo os 
mesmos pecados dos homens, até 
hoje! (Mc 7.21-23).

 2–O Verdadeiro Culto (Is 1.16-20)

Tendo denunciado todos os erros
daquele povo e a ineficiência de seu
culto, o profeta Isaías apresenta o 
que Deus realmente demanda para
que o culto seja verdadeiro. O 
ver­dadeiro culto ao Senhor consiste
nas práticas da justiça e retidão,
efetivadas por corações arrependidos
e convertidos, e não em meros ritos 
religiosos.

a) Necessidade do Arrependimento
O versículo 16 diz: Lavai-vos, 
purificai-vos, tirai a maldade de 
vossos atos de diante dos Meus 
olhos. Só assim seria possível 
afastar a ira de Deus. Somos 
cuidadosos de lavar os nossos corpos
e de re­mover o lixo de
nossos lares, consequentemente, 
devemos ser para a remoção de
nossos pecados. O versículo 17 fala
especialmente aos mais aquinhoados 
da nação, a fim de fazerem justiça
aos pobres não aceitando subornos
 prática comum em todos os tempos.

b) O perdão prometido. 
Vin­de, então, e arguir-Me, diz o 
Senhor... (v. 18). Deus estende um 
convite amável ao pecador 
querendo estabelecer diálogo com 
ele. Na verdade, o Senhor até 
lança um desafio: “arguir-Me!”; isto
é, “examina-Me!” Não é um caso de 
tirania, exigindo-se o impossível,
ou um faraó mandando fabricar 
tijolos sem for­necer barro!... Pelo 
contrário, vemos a ação de um Deus
amoroso que quer ajudar o Seu 
povo: Ainda que os vossos pecados
sejam co­mo a escarlata, eles se 
tornarão brancos como a neve; 
ainda que sejam vermelhos como
o carmesim, se tornarão como a lã.

c) A última alternativa. O Senhor
dá a Israel estas opções: O Seu 
governo ou a espada dos inimigos, a
vida ou a morte, o bem ou o mal,
a bênção ou a maldição. Estava com 
eles a decisão. Se re­cusassem a 
proposta favorável de Deus, não
teriam nenhuma desculpa (vv. 19,20).
  
3 – O Ensino de Jesus sobre o Culto
Verdadeiro

Em João 4.20-22, vemos a 
mulher samaritana levantando uma
questão teológica (popular entre 
judeus e samaritanos) a respeito
de onde deveria adorar o Senhor. 
Jesus disse-lhe: Deus é Espírito, e 
im­porta que os Seus adoradores O 
adorem em espírito e em verda­de 
(Jo 4.24). Notemos na pregação de 
Jesus os seguintes pontos:

a) Deus é espírito. 
A mulher estava equivocada, 
pensan­do que Deus estivesse 
apenas em um de­terminado lugar
(Jo 4.20); mas Deus é Espírito, e não
se limita a certos lugares: nem ao
tempo nem ao espaço — 1Reis 8.27. 
Portanto, Ele está onde estão os 
Seus verdadeiros adoradores em
todo o mundo; também com os tais 
nas congregações e denominações que
formam a Igreja Invisível (Jo 4.23; 
Hb 12.22,23).
É importante explicar a diferença 
entre congregação, denominação e
Igreja Invisível. Vejamos;                    

— Congregação: Lugar onde os 
membros de uma igreja cristã se 
reúnem, participam da comunhão e
prestam culto a Jesus. Geralmente
são pequenas e estão presentes em 
bairros, vilas, etc. É subordinada a 
uma igreja maior, chamada de sede.

 Denominação: Uma igreja 
cristã que possui membresia, 
corpo de obreiros e direção 
pastoral independente. Apregoa
as doutrinas fundamentais da fé a
par do Cristianismo histórico e
verdadeiro. Ex.: Trindade, 
Inspiração da Bíblia, Divindade de 
Cristo e do Espírito Santo, Salvação
pela graça por meio da fé, Inferno
como lugar de punição eterna, 
Imortalidade da alma, etc. O contrário
de denominação é “seita”  que,
segundo Josh McDoweell e Don 
Stewart, “é uma perversão, 
uma distorção do Cristianismo bíblico
e/ou a rejeição dos ensinamentos 
históricos da Igreja de Cristo.”

 Igreja Invisível: O conjunto de 
crentes salvos de todo o mundo 
(Mt 16.18; Gl 1.13). Todos os 
que são lavados e remidos pelo 
sangue de Jesus (Hb 12.21,22; 
Ap 22.14). O total dos salvos de
todos os tempos (Ef 1.20-23).               

b) A importância da adoração. 
Jesus mostra que o importante não 
é “onde” adoramos, mas, sim, 
“como” adoramos. Conforme as
tradições seguidas pelos judeus e 
samaritanos, o texto diz: Nossos pais
adoravam nesta montanha 
(Jo 4.20). É necessário saber que o 
Senhor não está preocupado 
“onde” O adoramos, porém “como”.
Ou seja: “o modo”, “a maneira” de 
adorá-Lo. E o seu culto é genuíno? 
Nele está presente o Espírito de Deus?

c) O significado do verdadeiro 
culto. 
Tal qual Israel, no tempo de Isaías, 
a samaritana não perce­bia que os 
ritos religiosos de nada valiam se ela
permanecesse no pecado. Jesus, em
seguida, explicou-Ihe que o 
verdadeiro culto con­siste em adorar
a Deus (Jo 4.21). Destes dois
modos entendemos a adoração de um
genuíno culto ao Senhor: (1) “em 
espírito” — isto é, um culto de 
natureza espiritual, ba­seado
no fruto do arrependimento, na
conversão e no sincero amor. (2) “em 
verdade” — quer dizer, acompanhado
por um caráter trans­formado pelo 
poder de Deus, que O serve em
santidade (cf. Ef 4.23,24).

d) O coração quebrantado. 
O legítimo culto é prestado de 
coração: Os sacrifícios agradáveis a 
Deus são o espírito quebrantado
um coração compungido e 
contrito, Deus, não o desprezara
(SI 51.17); O homem para quem 
olha­rei é este: o aflito e abatido
de espírito, e que treme diante da
Minha Pa­lavra (Is 66.2).


Conclusão
Esforcemo-nos para alcançar o tipo de
culto a Deus que Paulo recomenda em 
Efésios 3.16,17.

Só lembrando que o verdadeiro culto
é fundamentado na Palavra de Deus.
Esse é o genuíno culto cristão na sua
forma e no seu conteúdo, pois a Bíblia
revela o conjunto de maneiras de 
render um verdadeiro culto ao 
Altíssimo:
1)Através da leitura e do estudo da
Palavra (Ap 1.3; 2Tm 2.15; 3.15);

2)Por meio da pregação do Santo 
Evangelho (2Tm 4.2);

3)Por intermédio de hinos espirituais
que louvam tão somente ao Senhor 
Jesus, e não dessas profanações 
que atualmente se chamam “hinos”,
que só louvam o “ego” das pessoas 
(Cl 3.16; Tg 5.13; Am 5.23);

4)Através da oração incessante 
(1Ts 5.17; Ef 5.18), da busca do
Batismo no Espírito Santo e dos 
dons espirituais (Lc 11.13; At 1.8; 
1Co 12.1-11,28-31; Hb 2.4);

5)Por meio de apresentar o corpo em
sacrifício vivo ao Senhor, ex.: 
jejuando e se santificando em toda a 
maneira de viver (Rm 12.1; 
Mt 9.15; 17.21; 1Pd 1.15,16);

6)Pelas boas obras (Hb 13.16; Fp 2.10)

7) Através de ofertas e dízimos
(Fp 4.18; Lc 6.38).

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