LÍDERES CAMALEÕES
O camaleão é um réptil muito conhecido da família dos lagartos. Um recurso importante, usado pelos camaleões é a mudança de cor. Estamos vivendo a época do “evangelho camaleão”. Pregadores camaleões estão diluindo a mensagem bíblica dando ao Evangelho do Senhor Jesus uma nova “cor” a fim de alcançar resultados. Os líderes camaleões fazem uso do entretenimento como uma ferramenta para o crescimento da igreja. Ou seja, os pregadores camaleões estão a cada dia moldando a igreja ao mundo.
Não há, nas Escrituras, nenhuma ênfase sobre o entretenimento. A ênfase é sobre o arrependimento, a fé, a obediência, a extrema vigilância espiritual, e a separação imaculada do mundo. A Palavra de Deus não faz cócegas em nossos ouvidos; ela inflige nossos ouvidos. Ela os queima. Primeiramente, ela corrige, repreende e traz convicção; depois, ela exorta e encoraja.
O réptil camaleão gosta de viver sobre as árvores. Viver sobre as árvores metaforicamente significa que os pastores camaleões são orgulhosos, buscam holofotes, pompa, glamour, desejam estar no topo e ver o seu nome estampado em gás neon. Esquecem-se esses camaleões que Jesus vem na contramão e diz: “O maior entre vós seja como o menor, e aquele que pastoreia seja como o que serve” (Lc 22:26). O trono de Cristo não foi uma poltrona confortável no centro da plataforma da igreja, mas foi a cruz. Sua coroa não foi de ouro, mas foi de espinhos. Seu palácio foi uma carpintaria e o seu berço foi cercado por moscas e estrumes. O verdadeiro Evangelho não se identifica com pompa nem com glamour!
Os camaleões possuem dois olhos que podem ser movidos independentemente um do outro. Ou seja, eles conseguem mover um olho para um lugar e o outro olho para outro lugar. Assim são os pastores camaleões tentam servir a dois senhores, a Deus e ao diabo. Ora estão no santo, ora estão no profano. Eles têm um olho voltado para o mundo e o outro voltado para o evangelho. Tiago adverte: “Não sabeis vós que a amizade do mundo é inimizade contra Deus? Portanto, qualquer que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4)
Na sua postura de camaleão, os líderes camaleões dizem que é incômodo alguém entrar em uma igreja sem nunca ter estado lá. Mas, se um crente convidá-lo para se encontrar lá, tomar um vinhozinho, e enturmar-se com a moçada da igreja, o ambiente tornar-se-á menos incômodo. Os líderes camaleões são unânimes em afirmar que se Jesus viesse no nosso tempo ele iria sentar-se com as pessoas no bar, beberia o que eles estivessem bebendo, e ele ficaria feliz com isso. Tamanha blasfêmia!
Os pastores camaleões colocam ênfase na recreação. Por isso, agregado as suas igrejas existe o ginásio poliesportivo são Tiago, a academia são Paulo, a sala de jogos são Pedro, o home theater são Felipe e um ambiente exclusivo para a prática da “ioga para Jesus”. Enfim, existe um sem fim de variedade de atividades sem conexão com o culto a Deus.
Para os pregadores camaleões o papel da igreja não é legislar moral nem ética, e sim, trabalhar pela “koinonia-filosofal” no mundo da diversidade. Na visão desses líderes, o mundo e os deuses da moda é o padrão para a maneira de se vestir do crente. Afinal de contas, dizem eles, as mini-saias, as costas-nuas não são tão ruins. Esquecem esses camaleões que os filhos de Deus não pertencem a si mesmos. Todo o seu ser, corpo e alma, é propriedade adquirida por Jesus Cristo. Portanto, cobrir o corpo é um mandamento das Escrituras. Agostinho pontuou: “Vestes imodestas são piores do que a prostituição, porque esta corrompe a castidade, mas aquelas corrompem a natureza da pessoa”.
Os pastores camaleões negam todo conhecimento santo de Deus. Suas inspirações são diabólicas, pois não procedem de Cristo. Pregam um evangelho meloso, infantilizado, romântico, fantasioso, carregado de ilustrações sentimentais e de fraseologias combinadas com regras antropológicas, emolduradas em tendências liberais. Por isso, eles advogam a tese camaleoa de que Cristo e o Evangelho devem mudar de cara e identidade. O declínio de seus sermões é notório. Se pudéssemos pesar numa balança o conteúdo bíblico de seus sermões pesaria menos que uma agulha. Os seus sermões giram em torno dos temas: “Como elevar sua auto-estima”, “Aceite a si mesmo”, “Como aumentar o seu auto-amor”, “Creia em si mesmo”, “Como reduzir o seu estresse”, “Deus existe para lhe fazer feliz”, “Você é sempre vitorioso”, “Direitos dos gays”, “Direitos da mulher, das crianças, dos animais” e por aí vai. As mensagens que pregam são recheadas de Madre Teresa de Calcutá, Nelson Mandela, Desmond Tutu, Mahatma Gandhi, Dalai Lama, Lair Ribeiro, Augusto Cury, Freud e Carl Jung. Nada de condenar as iguarias do mundo, nada de atacar o pecado!
Os pregadores camaleões, por serem camaleões, são travestidos de um satanismo disfarçado. Endossam as passeatas gays, o uso das drogas com moderação e o uso de preservativos, pois insistem em afirmar que Cristo nos chamou para a liberdade e o sexo antes do casamento é aceitável. Ademais, eles chegam às raias da blasfêmia quando defendem o uso de gírias e palavrões na pregação do Evangelho. Usam Bíblias luciferianas como NVI (Nova Versão Internacional), BLH (Bíblia na Linguagem de Hoje), Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Bíblia “A mensagem”, de Eugene Peterson, Bíblia Dake, Bíblia Freestyle, de Ariovaldo Jr. Com o intuito de mostra que as suas “ovelhas” são “felizes” as incentivam pular o carnaval sem carne. Na verdade, esses camaleões dirigem o rebanhão das perdições.
O camaleão se alimenta, principalmente, de insetos. Para pegar os insetos, ele utiliza um importante recurso: uma língua comprida, elástica e pegajosa. Os pregadores camaleões através de sua língua alongada, elástica e pegajosa ludibriam seus ouvintes. Eles perderam a visão do sacerdócio. Perderam a visão da necessidade de se viver na presença de Deus. Sugam como camaleão a última gota de suas “ovelhas”, conquista-lhes o ouvido e engana-lhes o coração. O negócio é ter “casa cheia”. Conversar com Satanás na hora do culto, contar anedotas, prometer sucesso material, soprar nas pessoas, dizer “revelações” bombásticas faz parte da ordem do dia em suas igrejas.
Os adeptos do “evangelho camaleão” gostam de novidades. Não vivem sem elas, precisam delas. Quanto mais novidade, mais “avivamento” acontece. Não vêem nada demais no rock para Jesus, no forró para Jesus, no samba para Jesus. Fumaça, jogos de luzes, gelo seco, pula-pula e gritarias são sinais de avivamento. A canalhice dos adeptos do “evangelho camaleão” chegou a tal ponto, que os ímpios, estupefatos, afirmam: “É, já não se faz mais crentes como antigamente”.
Finalmente, a membresia das igrejas do “evangelho camaleão” professa sua fé em Cristo Jesus, mas não mostra um resquício sequer de mudança no seu modo de viver.
Deus salve Sua igreja dos líderes camaleões!
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