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08 setembro 2020

EXTRAVAGÂNCIA NO LOUVOR!!!


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Nos dias atuais, muitos têm esquecido que Abraão, o pai da fé, foi chamado a abandonar a cultura de um mundo pagão e viver uma vida de modo totalmente distinta para o Senhor. Na vigência da lei de Moisés, as pessoas foram ensinadas de diversas maneiras a distinguir entre o sagrado e o profano, entre o limpo e o imundo, entre o espiritual e o mundano. No Novo Testamento Tiago exorta dizendo: “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus” (Tg 4:4). Portanto, a lei da distinção e separação do mundo é uma realidade bíblica. Hoje, muitos avaliam as coisas pela experiência, ou seja, a razão é serva da experiência. Nesse contexto, a lei da distinção e separação é desprezada.
Nesses tempos marcados pela tecnologia e a distração eletrônica, os mais diversos meios de entretenimento tornaram-se a ordem do dia. Isso tem levado muitos a pensarem que a adoração ao Senhor é um meio de satisfazer suas necessidades de entretenimento. Desse modo, a adoração é transformada em um “programa” e o mais lamentável, é que o desejo de obter felicidade e divertir - se é muito maior do que o de obter santidade. Freqüentemente ouve-se a frase: “A adoração foi fraca porque eu não senti nada”. Em alguns cultos a palavra de ordem do líder é: “Você precisa sentir algo nesta noite através do louvor”. O grande problema é que isso põe a centralidade da adoração no adorador. O adorador sem se aperceber passa a ocupar o lugar central da adoração, uma vez que ele precisa sentir, experienciar. Nesta perspectiva, a liturgia cúltica é um meio de atingir emoções. Imbuídos na idéia de que na adoração temos que ser criativos e emotivos, muitas igrejas celebra os louvores de forma espetacular com programas cheios de coreografias, vestimentas extravagantes e efeitos luminosos. Esses louvores além de não serem bíblicos (veja artigo “Danças e Coreografias” neste blog), não produzem o arrependimento, a mudança de comportamento para a edificação nas Escrituras (Ef 4:15-24). Se essas invenções modernas têm origem nas profundezas da espiritualidade, Por que não levam para maior evangelização ao mundo pecador? Por que essas produções espetaculares e talentosas não geram orações de agonia pelas almas sem Cristo? Por que não proliferam o culto doméstico que inclui o estudo da Bíblia com a família? Por que não geram crescimento na graça e no conhecimento de Jesus Cristo? A verdade é que esse novo tipo de adoração não tem o alvo de admoestar ou ensinar doutrina, algo que é primordial para qualquer adoração bíblica. O apóstolo Paulo ensina aos da igreja em Colossos: “A palavra de Cristo habite em vós ricamente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cântico espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração” (Cl 3:16). Portanto, se a adoração não admoesta ou ensina sobre Jesus Cristo, não é agradável a Deus. A correta avaliação do louvor no ambiente cristão deve ser se ele tem auxiliado no processo de ajudar a Palavra de Cristo habitar ricamente em nós. O papel central do louvor na igreja do Novo Testamento é ser parceiro do ensino da Palavra de Deus. A adoração e o louvor desempenham a função de ensinar e admoestar. Se não for assim, tudo é enfado e repugnante para Deus. Quando o propósito da adoração é despertar uma resposta emocional desviada da verdade bíblica, sem servir de auxílio no processo da rica habitação da Palavra de Cristo em nós, o resultado é uma fé anormal, uma fé romântica.
O grave desses “louvorzões” é a falta de reverência. Cantores correm pela plataforma, como celebridades da televisão, exibindo sua personalidade e comportando-se de uma forma bizarra e irreverente. Se o louvor for mais parecido com um espetáculo, com exibições, imitações mundanas, busca de sensações, então, a irreverência está estabelecida. Ser profano é tratar os assuntos bíblicos e sagrados com irreverência e menosprezo, bem como transgredi-los e corrompê-los. O estilo de louvor de “palco” é o produto de ensino profano, pois o louvor não deve ser uma oportunidade para o exibicionismo.
Alguns dizem: “O que vale é um coração bem intencionado”. Nem sempre a nossa bem intencionada imaginação é aprovada por Deus. Aquilo que Davi programou, segundo o seu coração bem intencionado, com todo um show para levar o altar para Jerusalém, foi por ele recomendável e bonito. Todavia, para Deus, foi uma imprudência (2 Sm 6:1-7). Após a vitória sobre os midianitas, Gideão fez um éfode com boas intenções, como memorial ao êxito de Israel na obra de Deus. No entanto, esse éfode não foi autorizado por Deus. Esse ato bem intencionado trouxe ruína espiritual à nação e aos familiares de Gideão (Jz 8:22-35). É explicito na Bíblia que o louvor que Deus pede é o louvor espiritual (Jo 4:23-24). Louvores espirituais não são louvores emocionais, mas expressão do homem novo com admoestação e doutrina. Emoções alteradas não são evidências de que a verdadeira adoração esteja acontecendo. É verdade que a nossa fé não é somente de cabeça, mas de emoção, o problema é que muitos não conseguem fazer a diferença entre emoção por Deus e manipulação. O louvor que o Senhor pede não é feito com giros, gestos corporais, gritaria, requebro sensual, expressão de carnalidade com ares de piedade. O louvor espiritual agradável a Deus tem a sua fonte no homem novo que canta com graça, admoestação e doutrina em salmos, hinos e cânticos espirituais (Cl 3:10,16). É este louvor espiritual oriundo do homem novo, que Paulo instruiu na carta aos coríntios “Que farei, pois? Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (I Co 14:15). Nós podemos gostar da beleza e da emotividade dos louvores em uma igreja, mas se a teologia desses louvores não está favorecendo para que ricamente habite em nós a Palavra de Cristo, tais louvores não são adequados e devem ser abandonados!

03 agosto 2020

O DESEJO HOJE É SER GRANDE!!!


O Exemplo Inspirador de CRISTO (Fp 2.5-11) - 
“De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em CRISTO JESUS”. Isso quer dizer que não somente devem seguir o exemplo de CRISTO no que diz respeito à sua conduta exterior, mas também no que diz respeito à sua vida interior. Devem prestar atenção àquilo que prendia a atenção dEle, amar as coisas que Ele amava, odiar as coisas que Ele odiava. Devem ver as coisas do ponto de vista dEle, a atitude dEle deve ser a deles. Mais especialmente, devem seguir o exemplo do humilde servo que revelou ao entregar a si mesmo para a salvação do mundo.
Notemos que estes versos declaram as doutrinas fundamentais do Cristianismo:
(1) A encarnação, mediante a qual o Filho de DEUS se tornou homem, a fim de que o homem seja feito um filho de DEUS. 


(2) A expiação, que significa que o Filho de DEUS morreu em prol do homem, a fim de que o homem vivesse para DEUS.


a. Sua preexistência. AquEle que nasceu em Nazaré existia previamente num estado mais glorioso. Na eternidade, existia “em forma de DEUS” (Fp 2.6): tinha a mesma natureza de DEUS; “verdadeiro DEUS de verdadeiro DEUS”, conforme diz um antigo credo. Sua existência não começou na ocasião do seu nascimento, nem terminou com a sua morte.


b. Sua encarnação. Embora subsistisse em forma de DEUS, “não teve por usurpação ser igual a DEUS. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens”. Quando foi comissionado para salvar a raça humana, não considerava a sua natureza divina um motivo para isenção do dever. Livremente deixando de lado por um tempo a sua glória e atributos divinos, trocou a forma celestial de existência por uma forma terrestre, e como Filho de DEUS, tornou-se o Filho do homem. Assim como em certa ocasião deixou de lado as suas vestes externas a fim de lavar os pés dos seus discípulos (Jo 13.3-5), também, por alguns anos, deixou de lado a sua glória externa a fim de purificar do pecado a raça humana. Quando o Filho de DEUS se tornou homem, recebeu o nome para descrever sua missão terrestre: JESUS (Mt 1.21). AquEle que era Mestre de tudo (Cl 1.16) ficou sendo o Servo de todos (Mc 10.45; Lc 22.27).


c. Sua humilhação. “E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz”. Na vinda do Filho de DEUS, havia uma dupla descida: para assumir a natureza humana e para morrer a morte humana. Viveu e morreu humanamente. Não era uma morte comum, era a forma mais vergonhosa e dolorosa da morte — a morte na cruz. Quando o seu corpo foi deitado no túmulo, a descida do Filho do Homem ficou completa.


3. Sua exaltação. “Pelo que também DEUS o exaltou soberanamente e lhe deu um nome que é sobre todo o nome, para que ao nome de JESUS se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra”. Assim foram cumpridas as próprias palavras de CRISTO: “Aquele que se humilha será exaltado”. E sendo que, no plano final de DEUS, a exaltação está em proporção à humilhação, a exaltação de CRISTO é a maior que existe no Universo, porque a sua própria humilhação foi a mais profunda. Sua recompensa foi a soberania universal, recebendo a adoração de toda criatura (cf. Ap 5.6-14). Humilhou-se sob a poderosa mão de DEUS e, em tempo oportuno, foi exaltado (1 Pe 5.6).

Se Deus diz: Que resiste aos soberbos, que dá graça aos humildes, que aqueles que se humilham serão exaltados, que dos humildes é o reino dos céus, eu pergunto! Por que essa busca pelo engrandecimento pessoal? Porque esse desejo de querer ser grandão? Eu confesso que o cristianismo moderno tem deixado alguns momentos perplexos porque um desejo de querer ser servo se esvai cada vez mais, Jesus pontuou em (Lucas 22: 27 - Pois qual é maior: quem está à mesa, ou quem serve? Porventura não é quem está à mesa? Eu, porém, entre vós sou como aquele que serve. (Matheus  11:28 - Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.) Você sabe onde está  e o maior título que você e eu crentes em Jesus recebemos? Está em (Lucas 17:10) que diz: Assim também vós, quando fizerdes tudo o que vos for mandado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos somente o que devíamos fazer. O engrandecimento pessoal, a arrogância, a soberba, e a altivez de espírito é um pecado tão terrível, que o salmista diz à Deus em (Salmos 5:5) Os arrogantes não pararão à tua vista; odeias a todos os que praticam a maldade. Mostre-me um arrogante, que eu lhe mostrarei o homem sem Deus, mostre-me um arrogante, um soberbo que eu lhe mostrarei o homem sem o Espírito Santo.
Em Atos 3:12,13  satanás quis fazer de Pedro e João grandões, fez com que os israelitas olhassem para eles como se fossem homens  super especiais, Pedro  imediatamente combateu esse laço satânico dizendo: Homens israelitas, por que vos maravilhais disto? Ou, por que olhais tanto para nós, como se por nossa própria virtude ou santidade fizéssemos andar este homem?Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos pais, glorificou a seu filho Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, tendo ele determinado que fosse solto. O objetivo de satanás era levar Pedro e João a querer ser grande, levarem ao velho espírito da soberba, mas Pedro assumiu a posição de servo e a soberba não teve vitória em seu coração.
Paulo e  Barnabé, certa vez entraram em cidade chamada Listra que ali existia um homem paralítico de nascença, Paulo fixando nele os olhos, e vendo que tinha fé para ser curado,disse em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés. E ele saltou e andou.E as multidões, vendo o que Paulo fizera, levantaram a sua voz, dizendo em língua licaônica: Fizeram-se os deuses semelhantes aos homens, e desceram até nós.E chamavam Júpiter a Barnabé, e Mercúrio a Paulo; porque este era o que falava.(Atos 14:9-12)  O objetivo de satanás neste contexto era levar Pedro e Barnabé a soberba, mas a soberba não teve vitória do coração de Paulo nem de Barnabé, eles explicaram a multidão que ali estava, que apesar do poder que neles operava, eles eram homens como eles, sujeitos aos mesmos sentimentos, aqueles que promovem muitas vezes o seu ministério através de associação por políticos através de associação com o governo federal,  estadual ou municipal não entenderam o que é o verdadeiro evangelho, certa vez ouvi um jovem membro de uma igreja dizer: Meu pastor é o maior ganhador de almas dessa geração, como também já ouvi pastor dizendo: Nossa igreja é a mais bela e a mais espiritual da cidade, veja até que ponto chega à vontade e o desejo de querer ser grande, maioral, de obter status,e é na busca pelo status que muitos homens e mulheres estão perdendo Jesus na caminhada, o negócio hoje é ser pastor celebridade, é ser o evangelista famoso, o negócio hoje é exaltar a significância e manter a pose. Em Juízes capitulo (6:1-40) afirma que: Foi quando Gideão se conscientizou de que ele não era nada, Deus chegou para ele disse: O Senhor é contigo varão valoroso, o mesmo se aplica quando Moisés ficou tão pavorosamente consciente de sua insignificância que Deus usou-o, para guiar o povo de israel. Em Corintios a igreja havia sido invadida por pessoas que queriam ser grandões, tanto é que Paulo destaca este fato em 2 Corintios 2: 10:18 "Alguns de vós se louvam a si mesmos" se colocando em uma condição inferior ele diz em 2 Corintios 4:7 "Temos, porém, este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós, este tesouro, ou seja, temos porém este evangelho (Palavra) em vasos de barro, ou para que a excelência do poder seja de Deus e não nós, em 2 Corintios 10:18, Paulo reforça a necessidade de não querermos ser grandões, ele diz: porque não é aprovado quem assim mesmo se louva,  é absolutamente impossível ser servo de Deus e ao mesmo tempo ter o desejo de querer ser grande,é absolutamente impossível ser, o homem ou uma mulher segundo o coração de Deus e ao mesmo tempo ter esse desejo de ser grande, existe uma coisa interessante no líder arrogante! É que ele consegue arrebanhar multidões que se tornam  seus seguidores cegos, um líder arrogante, prepotente o torna um deus para os seus seguidores, a ponto de os seus seguidores confundir soberba com unção, os seguidores dos líderes soberbos tornam-se tão cegas, que elas vêem a soberba em seu líder como uma qualidade, a ponto de ter a soberba como se fosse a unção de Deus. 
O alicerce  do evangelho verdadeiro é: Ser pequeno! Ser pequeno! e ser pequeno.... Paulo diz em Romanos 7:24 - Miserável homem que eu sou! quem me livrará do corpo desta morte? Hoje o que se vê nos púlpitos de muitas igrejas é um incentivo, é o ensino que diz magnífico homem que você é, falta humildade em nossos dias, isso é uma questão de intimidade com Deus, quanto mais o crente avance  na intimidade com Deus, mas ele entende o que o apóstolo Paulo disse a Timóteo em (1 Tim 1:15) -  "Cristo Jesus veio ao mundo, para salvar os pecadores, dos quais eu sou o principal". quanto mais o crente avança em ter intimidade com Deus, tanto mais ele inclina a cabeça para o chão e dirá com as mãos levantadas eis me aqui, ai de mim. A uma música que canta nas igrejas que diz: Restitui eu quero de volta o que é meu, isso me faz lembrar a arrogante atitude do filho pródigo quando chegou para o pai disse (Lucas 15:12) – …Pai, dê-me minha parte na herança que me cabe.” Essa expressão "Restitui eu quero de volta o que é meu" é tão arrogante quanto a oração do fariseu (Lc 18:9 - 14),neste texto denota que o fariseu se sentia grandão, cheio de direitos diante Deus, é uma parábola  envolvendo dois homens que foram orar no templo. Um era fariseu (religioso), o outro publicano, (cobrador de impostos). O fariseu, que orava arrogantemente se considerando melhor do que o outro, foi reprovado por Deus; o publicano, que orava piedosamente reconhecendo seus pecados, foi aceito por Deus.

O próprio Senhor Jesus nos convidou a irmos até Ele e aprender a mansidão e a humildade. “Vinde a mim todos vocês… porque sou manso e humilde de coração e achareis descanso para a vossa alma.” (Mt 11.29).Convenhamos! Se o Senhor Jesus, o homem mais ilustre que já pisou nesta terra, o mais sábio, o mais poderoso, o dono do céu e da terra, o Deus Conosco, disse que é manso e humilde de coração e nos convidou a aprender com Ele, quem somos nós para rejeitarmos este convite e estas virtudes?Temos que ter muito cuidado, pois o orgulho mata a nossa comunhão com Deus. Precisamos aumentar a nossa consciência de imerecedores da bondade de Deus, bem como de Sua graça e misericórdia. Compreender que somos pecadores e que somente pela bendita graça de Deus alcançaremos a salvação, nos levará a reconhecer o nosso real lugar no plano da redenção.

Não temos méritos próprios, nem justiça própria, logo, não cabe em nós sentimento algum voltado para o orgulho ou merecimento. O único que poderia subjugar a todos pela autoridade de sua posição e origem era o Senhor Jesus, no entanto, não o fez. Ele veio como o mais indigno entre os homens, nasceu de família pobre, cresceu em cidade e região pobre, declarou que não estava preocupado com bens e riqueza e que não tinha onde reclinar a cabeça, no entanto, Ele era o próprio Deus. Isso sim é a verdadeira humildade! Ter tudo, ser grande e, ainda assim, servir ao próximo, negar-se a si mesmo e doar-se pelos pecadores.

Aprendamos com o Senhor Jesus a verdadeira humildade, pois o Seu convite, proferido nos dias de sua peregrinação aqui na terra, continua ressoando em nossos ouvidos ainda hoje: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vocês o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração e achareis descanso para a vossa alma…”
Jamais devemos buscar glórias da terra, almejar o pináculo dos templos, pois o lugar mais alto onde devemos estar é aos pés da cruz. "Porque eu sou o menor dos apóstolos, que não sou digno de ser chamado apóstolo"... (1 Coríntios 15:9).





02 julho 2020

SAINDO TRANSFORMADO DA QUARENTENA!!!

O Vaso nas mãos do oleiro. – Manhã com Deus
Quero iniciar este estudo, trazendo a história do profeta Elias, onde o mesmo tinha acabado de conquistar uma grande vitória sobre os quatrocentos profetas de baal (I Re 18:1 - 46), e o texto mostra o êxito que Deus deu a Elias de um modo espetacular, de um modo estrondoso, e diante dessa vitória sobre os profetas de baal, era de se esperar que Elias não temesse mais nada, não tivesse temeridades, mas diz a bíblia, que logo após a vitória sobre os quatrocentos profetas de baal, Elias entra em crise, por receber um recado de ameaça de morte de Jezabel, Jezabel queria matá-lo, Elias diante das ameaças fica apavorado e foge para o deserto,e nessa caminhada para o deserto, Elias para diante de um zimbro de uma árvore e dormi. diz a bíblia que o anjo do Senhor aparece e toca em Elias dizendo : Levanta-te e come, e olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas, e uma botija de água, após a refeição  o texto diz que ele volta dormir e o anjo toca-o novamente dizendo: Levanta-te e come, porque te será muito longo o caminho, nesta passagem tem a primeira lição para as nossas vidas, é que Deus vem ao nosso encontro em momentos de ameaças, de confusão e de temeridade, por isso que nenhum crente, nenhum servo de Deus pode dizer: Deus se esqueceu de mim, a bíblia diz em (Hebreus 13:5) não te deixarei, nem te desampararei, essa é a grande esperança de cada um de nós,o anjo então naquela ocasião, encoraja-o para que fosse ao Horebe, para que prosseguisse adiante, foi no Horebe que Deus iria falar a Elias e Elias iria ouvir à Deus, por 40 dias Moisés esteve no Horebe, foi no Horebe que Moisés ouviu a voz de Deus, quando Moisés saiu da quarentena do Horebe, ele saiu transformado, a bíblia diz que seu rosto brilhava, resplandecia (Ex 34:29), por 40 dias Elias iria ficar em Horebe e sairia de lá também transformado, a grande mensagem é: Deus vem ao encontro muitas das vezes, naquele que está deprimido, temeroso e confuso, Elias estava temeroso, confuso, apavorado e deprimido, e diante de tal situação, Deus foi ao seu encontro, a bíblia diz que: Chegando em Horebe, ele se acomoda em uma caverna, caverna não é lugar para filho de Deus, caverna não é lugar de profetas, caverna não é local de servo ou serva de Deus, quando Deus vê Elias naquela situação na caverna, Ele vai ao seu encontro e fala com ele dizendo: Que fazes aqui Elias? (I Re 19:13), em outras palavras Deus estava dizendo: Elias este não é o seu lugar, sabe por que Elias se escondeu numa caverna? Porque o olhar de Elias estava nas ameaças e não em Deus, a depressão chega, a temeridade chega, a confusão chega, quando o olhar é posto no lugar errado, quando olhar é posto na crise, quando o olhar é posto nas ameaças, ao invés de estar no autor e consumador da nossa fé (Hb 12:2), a temeridade, a confusão, e a depressão chega, se você tentar andar no trilho de um trem e querer manter o equilíbrio, terá que andar para frente com os pés firmes sem olhar para o chão, sem olhar para os  pés, se olhar para baixo você cai, porque perde-se o equilíbrio, portanto, pare de olhar para baixo, e coloque os olhos em Cristo, olhe para o autor e consumador da nossa fé, olhe para frente e siga. Algumas pessoas se perguntam: porque é que estamos passando por isso? Crise econômica, ameaças na saúde, desempregos aumentando, porque é que Deus não alivia? Quando jesus lavou os pés de Pedro, ele não queria, mas Jesus disse: Pedro o que eu faço agora não entendes mas depois tu entenderás (Jo 13:1-7), muitas coisas que Deus faz conosco, no momento não entendemos, e não é para entendermos é para se submeter e depois entenderemos o seu propósito, se mantermos os nossos olhos fitos em Deus sairemos da quarentena transformados como Moisés saiu, como Elias saiu, achamos muitas vezes que estamos em um beco sem saída, que não há solução para tal situação, Jesus disse: Credes em Deus, crede também em mim (Jo 14:1 - 2) essa é a notícia que Cristo dá para cada um de nós, não se turbe os vossos corações, no Novo Testamento existem 487 ordens de Jesus, e destas 487 ordens de Cristo a mais repetida é: Não temas, então temer é proibido ao crente, é proibido ao servo de Deus, interessante notarmos, no final daquela conversa na caverna que Deus teve com Elias, Deus anima-o, conforta-o, e lhe dá novas tarefas para ungir reis, inclusive para ungir o seu próprio sucessor Eliseu, lembre-se de uma coisa, Deus não espera que compreendamos a relação de sua soberania com os acontecimentos deste mundo, Deus espera que tenhamos confiança nEle, tão somente isso, Deus  colocou a igreja numa quarentena porque Ele quer nos falar, Ele quer falar a cada um de nós, no nosso Horebe, é isso que Deus quer, é assim que ele fez com Elias, assim como ele fez com Moisés que saíram do Horebe transformado com novas tarefas, novas funções, novas visões, e novos propósitos, Ele irá fazer com a igreja do Senhor Jesus Cristo, que após essa quarentena, o  nosso maior desejo não seja querer ser feliz, mas, querer ser santo para proclamar  a palavra de Deus como Ele quer que a proclamemos, além disso tudo, muitas igrejas a maioria delas no Brasil, estavam pregando um evangelho de porta aberta, de porta larga, de caminho espaçoso, estavam pregando um evangelho triunfalista, evangelho da guloseima, de impérios de construção, impérios econômicos, líderes queriam eternizar seus próprios nomes na calçada da fama, seus próprios ministérios, suas próprias denominações em nome de construções de megatemplos. Deus quer que saiamos dessa quarentena com novos propósitos, com novas tarefas, com novas visões para que pregamos o evangelho simples puro e genuíno como ele quer que pregamos. Deus quer uma nova igreja, uma igreja diferente, uma igreja mergulhada, encharcada, intoxicada pelo evangelho, por Cristo somente, e que preguemos nos púlpitos o verdadeiro evangelho, e não o evangelho fajuta que estavam sendo pregado, um evangelho comercial, que estava sendo anunciado antes dessa quarentena, Deus tem um propósito de tudo isso, e que não há necessidade de ficarmos temerosos, as ameaças não irá nos deixar depressivos, devemos manter nossos olhos fitos em Deus para que ele traga a bonança e nos faça de novo um barro diferente, pois, nós estamos nas mãos do oleiro (Jr 18:6).

02 junho 2020

RASTROS DEIXADOS PELO ISOLAMENTO SOCIAL NO CENÁRIO CRISTÃO!!!

Artigo: Saúde emocional durante o isolamento social: o que fazer ...
Vivemos tempos difíceis e incertos frente à pandemia de coronavírus,  que exige de nós muitas mudanças. Por exemplo, novas jornadas de trabalho, isolamento social, adiar compromissos, aumentar os cuidados com higiene pessoal e limpeza dos ambientes e, especialmente, atitudes e posturas responsáveis para evitar o pânico ou aumentar estados ansiosos. O confinamento ou isolamento social tornou-se uma triste realidade em todo território nacional. Visando achatar a curva do vírus, o Estado brasileiro através dos municípios e estados determinou que os cidadãos deveriam ficar em suas casas até que o poder público providenciasse condições de atendimento àqueles que contraíssem o COVID -19.

A questão é que isso já dura bastante dias, e segundo alguns deve perdurar ainda mais. O problema é que o isolamento tem produzido inúmeros males, que vai desde a quebra da economia ao adoecimento emocional de boa parte da população. Senão bastasse isso, o confinamento tem proporcionado aos cristãos alguns sentimentos e atitudes absolutamente antagônicos àquilo que é ensinado pelas Escrituras. Na verdade, digo mais, o denominado isolamento social tem levado aos discípulos de Cristo a desenvolverem pelo menos cinco atitudes equivocadas, senão vejamos:

1- O isolamento social tem esfriado a fé dos cristãos.  Particularmente eu tenho visto muitos irmãos fragilizados, desanimados, como tomados de um sentimento de fraqueza e impotência, achando que Deus os abandonou e que em virtude disse resta-lhes somente esperar a morte. (Mt 24:12)

2- O isolamento social vem tornando os cristãos mais egoístas. O ditado popular "farinha pouco meu pirão primeiro." parece que se tornou o mote que tem guiado parte da igreja de Cristo que com medo da crise e do desemprego tornou-se egoísta e ensimesmada. (1 Cor.13:2)

3- O isolamento social tem tornado os cristãos mais solitários e menos solidários. Impressiona a quantidade de pessoas indispostas a ajudar o próximo. Na verdade, muitos com medo do que virá pela frente tornaram-se solitários, individualistas sendo incapazes de dividir o pão, socorrer o mais pobre, simplesmente pelo fato de que o medo o impôs sobre suas vidas a necessidade de construir uma bolha marcada e caracterizada pela preocupação exagerada consigo mesmo.(Lc 12:15))

4- O isolamento social tem tornado os cristãos mais pessimistas.  Parece que muitos cristãos deixaram de confiar no Senhor. A impressão que tenho é que os crentes em Jesus estão achando que o vírus é quem reina e governa sobre o mundo e não o Deus de Israel. Nessa perspectiva, muitos tem sido vencidos pelo pessimismo nutrindo na alma sentimentos depressivos os quais tem feito com que muitos adoeçam emocionalmente. (Ec 2:23)

5- O isolamento social tem feito com que cristãos se afastem dos seus pais e familiares. Claro que os mais idosos são mais vulneráveis ao COVID -19, e que devido a isso devem sofrer um um tipo especial de confinamento, contudo, muitos tem exagerado no isolamento, deixando de lado pais e avós, levando-os a um sentimento de solidão. (Pv 23:22)

John Bunyan foi um profícuo pregador do século 17, conhecido por ser o autor do livro cristão mais lido de todos os tempos depois da Bíblia: O peregrino. O que nem todas as pessoas sabem é que Bunyan escreveu essa obra – e diversas outras – durante o período em que estava preso por se recusar a parar de pregar o evangelho. Ele permaneceu 12 anos em isolamento em uma prisão inglesa.
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Além da rara fidelidade de Bunyan à Grande Comissão, chama a atenção o fato de ele não ter se fechado em depressão ou desânimo pelo fato de estar isolado, muito pelo contrário: aquele homem de Deus usou o tempo em que se encontrava distante do convívio humano para produzir algo que, séculos depois, segue edificando a Igreja.
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Assim como Bunyan, temos conhecimento de muitos homens e mulheres de Deus que não deixaram seu isolamento social abatê-los. Pelo contrário, eles viram nesse período de reclusão uma oportunidade de servir a Deus e à Igreja.
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É o caso do apóstolo Paulo, que, mesmo na solidão da prisão, escreveu diversas cartas que hoje compõem o Novo Testamento. Ou o de João, que, exilado na pedregosa ilha de Patmos, recebeu visões extraordinárias, que geraram o Apocalipse. Ou, ainda, o do reformador Martinho Lutero, que, escondido no castelo de Wartburg, usou seu tempo de solidão para traduzir a Bíblia para a linguagem do povo alemão.
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A História mostra que estar isolado não é sinônimo de estar estagnado ou improdutivo. Nada disso: a vida segue, o tempo corre, Deus subsiste soberano e aqueles que se dispõem a permanecer em comunhão e a prestar serviço à obra do Onipotente podem, e devem, usar esse tempo para grandes coisas. O mundo se isolou, em função da pandemia do coronavírus. As pessoas se trancam em casa e evitam o contato social. As igrejas locais se viram diante do dilema: prosseguir com as atividades públicas ou seguir as orientações dos especialistas e contribuir para a quarentena? O fato é que, em menor ou maior grau, todos teremos certo nível de isolamento e solitude enquanto durar a pandemia. A pergunta que surge nessa hora é: como agir? Como enxergar esse afastamento que torna o próximo não tão fisicamente próximo assim?
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Minha sugestão é: faça como Bunyan, Paulo, João e Lutero. Aproveite este tempo para crescer em sua espiritualidade. Se você terá mais tempo livre, dedique-se mais e mais profundamente à leitura das Escrituras e à oração. Deixe um pouco de lado as redes sociais e a Netflix e leia bons livros cristãos (sabe aqueles que você sempre diz que não tem tempo de ler? Pois é, agora tem). Tire períodos devocionais, jejue, tudo isso são disciplinas espirituais que deveriam fazer parte de nossa rotina, mas que a correria dos tempos modernos não nos deixam vivenciar como deveríamos, agora, é uma excelente oportunidade de rever isso.

Amados irmãos, sem sombra de dúvidas vivemos tempos complicados, e como sabemos o COVID - 19 pode ser letal, contudo, como cristãos, precisamos tirar os nossos olhos da "tempestade" que sacode os "nossos barcos"  e olhar para Cristo com a certeza de que o Senhor continua reinando e governando sobre todas as coisas, e que me diante a sua Palavra, o mar, o vento e as tempestades se acalmam.

16 abril 2020

ISOLAMENTO SOCIAL COLOCA EM PROVA À NOSSA FÉ!!!

Número de casos confirmados de covid-19 em Portugal sobe para ...
No começo, não havia distanciamento social entre Deus e Adão. Em vez disso, eles estão em comunhão face a face. Enquanto eles estavam assim, Deus ainda via seu trabalho como incompleto. Alguém estava faltando. Isso não é porque Deus era insuficiente para atender às necessidades de Adão. Deus simplesmente não havia terminado completamente de criar seres à sua imagem - uma "comunidade" como a Trindade. Então Deus criou Eva e a trouxe para Adão; não havia distanciamento social entre nenhum deles. Deus, Adão e Eva.

Fazemos parte disso juntos.
Durante o primeiro e o segundo Testamentos, vemos o povo de Deus se unindo para adorá-lo (Êxodo 7:16, por exemplo). Isso ocorre porque nossa relação com Deus em Cristo não é um relacionamento privatizado singular que fazemos em nossas cabeças apenas - entre nós e Deus. Antes, nossa fé é profundamente comunitária. Na encarnação, vemos Jesus abençoar a criação. Na igreja, há uma ênfase repetida na reunião (1 Cor. 11: 23-26 '; Hb 10:25; Col. 2: 1). Até o apóstolo João expressou seu descontentamento em usar a tecnologia como um meio de comunicação com os santos. Ele escreve:

Tenho muito que lhes escrever, mas não é meu propósito fazê-lo com papel e tinta. Em vez disso, espero visitá-los e falar com vocês face a face, para que a nossa alegria seja completa._ - 2 João 1:12

Isso não ocorre porque há algo de ruim no papel e caneta ou, no nosso caso, smartphones e computadores. João simplesmente sabia que a tecnologia (Papel e Caneta nos dias dele), embora extremamente útil, simplesmente não pode competir com a alegria que é sentida quando os santos se unem no culto à Trindade como a Trindade é em si mesma – uma “comunidade”.

É por isso que dói. Enquanto isso, não desprezaremos a tecnologia. Live, Online, FaceTime, Zoom não são o que estamos acostumados nem é ideal, nem o propósito de Deus para como a igreja deve ser. No entanto, é com isso que devemos trabalhar nesse meio tempo e, portanto, somos gratos a Deus por termos tecnologia a nossa disposição – como João tinha o papel e a caneta - ao mesmo tempo se temos um novo coração, somos obrigados a falar junto com João:

Tenho muito que lhes escrever, mas não é meu propósito fazê-lo com papel e tinta. Em vez disso, espero visitá-los e falar com vocês face a face, para que a nossa alegria seja completa. - 2 João 1:12


O COVID-19 nos coloca perante um espelho que não gostamos de olhar. Vemos em nós mesmos fraquezas, vulnerabilidade, medos e receios. Quando ventos contrários desmoronam nossas falsas ilhas de sustentação, nos deparamos afundando em um mar revolto e infinitamente maior do que nós.
Sejamos sinceros e encaremos nossas limitações nessa hora. Alguns naufragarão em leitos de hospitais, outros em desempregos e crises financeiras. Idosos são os mais vulneráveis em casas de repousos. Nossas crianças deixarão de ver amiguinhos, de estudar e brincar fora de casa. As igrejas estarão vazias e fechadas. Os governos terão que agir rapidamente e mudar o plano de gestão atual. Tudo mudará daqui para frente e por algum tempo. A vida deixará de ser normal, ou melhor, provará mais uma vez que ela sempre foi assim.
Em meio a esse cenário apavorador, a pergunta sincera que devemos fazer é: como podemos estar seguros? A resposta é a mesma que Abraão deu quando também estava vivendo uma crise – “Deus proverá” (Gn 22.8). Deus quis colocar Abraão à prova pedindo que ele sacrificasse seu filho querido Isaque, o filho no qual estava a promessa da benção divina. Em meio a essa possível calamidade, Abraão se lembrou que Deus tinha total controle dos eventos futuros de sua vida e é capaz de resolver coisas bem complexas. Em outras palavras, Abraão cria na doutrina da providência divina. E sim, boa doutrina em tempos de crise mantém a gente de pé e com fé. Abraão seguiu obediente e Deus proveu um cordeiro para sacrifício no lugar do seu filho. Sabemos que nem sempre é assim, nem sempre Deus livrará a gente do “holocausto”, mas podemos ao menos seguir adiante com a mesma fé de Abraão, a fé que descansa em Deus e a maneira dele agir nesse mundo.
Mas como a doutrina da providência nos ajuda nesse momento? Para respondermos essa pergunta, devemos lembrar de algumas verdades bíblicas importantes.
Em primeiro lugar, Deus faz com que todas as coisas, boas e ruins, aconteçam de acordo com seu propósito. Isso mesmo, coisas boas e ruins. Deus causa todas elas, não somente permite ou usa elas. Há aqueles que afirmam que Deus somente governa sobre todas as coisas, mas não causa essas situações ruins. Mas “o que é governar senão presidir de tal maneira que as coisas sobre as quais se preside sejam regidas por uma ordem determinada?” O que aprendemos na bíblia é que Deus governa ativamente sobre tudo e todos, sendo a “primeira causa” de todos os eventos.
Eu nunca me esqueço o artigo que li uma vez do pastor John Piper logo após as torres gêmeas terem caído sob ataque terrorista em 11 de setembro de 2001. Piper nos lembra corretamente que “Deus faz todas as coisas conforme o conselho de sua vontade” (Ef 1.11): Todas as coisas (Ef 1.11) inclui a queda dos pardais (Mt 10.29); o jogar de dados (Pv 16.33); o massacre de seu povo (Sl 44.11); as decisões dos reis (Pv 21.1); a cegueira (Êx 4.11); a doença dos filhos (2Sm 12.15); a perda e ganho de dinheiro (1Sm 2.7); o sofrimento dos santos (1Pe 4.19); a conclusão de planos de viagem (Tg 4.15); a perseguição de cristãos (Hb 12.4-7); o arrependimento de almas (2Tm 2.25); o dom da fé (Fp 1.29); o progresso na santidade (Fp 3.12-13); o crescimento dos crentes (Hb 6.3); a vida e a morte (1Sm 2.6) e a crucificação de seu Filho (At 4.27-28). Lembre-se da vida de Jó, a calamidade enfrentada por ele e sua família era incomparável. Logo no capítulo um lemos que seus bois e jumentas foram roubados pelos sabeus. Seus servos foram mortos. Fogo caiu do céu e matou suas ovelhas e pastores. Não bastasse isso, os caldeus atacaram e levaram os camelos, mataram cruelmente os outros empregados. Pior ainda, seus próprios filhos e filhas foram mortos por um vento que bateu contra a casa onde eles comiam. Qual foi a percepção de Jó perante aquela calamidade? ‘Então Jó se levantou, rasgou o seu manto, rapou a cabeça, prostrou-se em terra e adorou. E disse: — Nu saí do ventre de minha mãe e nu voltarei. O Senhor o deu e o Senhor o tomou; bendito seja o nome do Senhor!  (Jó 1:20-21)
Veja, Jó poderia ter culpado os sabeus e ele teria razão. Ele poderia ter culpado os caldeus e estaria correto. Poderia ter culpado seus filhos por não buscarem proteção suficiente em uma área em que provavelmente esses tipos de “tornados” aconteciam com frequência. Poderia ter achado inúmeras causas para o seu sofrimento, mas ele diz: “O Senhor o deu e o Senhor o tomou”. Ou seja, o Senhor causou toda essa desgraça.
Sabemos que a fala e percepção de Jó foi acertada pois o próprio Deus afirma logo em seguida: “Em tudo isto Jó não pecou, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1:22). Em outras palavras, Jó não pecou ao dizer que Deus foi a causa da sua crise.
Mais para frente na narrativa de Jó quando seu sofrimento já estava insuportável, suas feridas estavam abertas a ponto de ter de se coçar com caco de barro e sua mulher o tentou para amaldiçoar a Deus, ele respondeu: Você fala como uma doida. Temos recebido de Deus o bem; por que não receberíamos também o mal? Em tudo isto Jó não pecou com os seus lábios. (Jó 2:10)
Jó sabia que Deus envia o bem e o mal e mais uma vez o narrador diz que pensar assim não é pecado – “Jó não pecou com os seus lábios”. Não é pecado afirmar que Deus causa o bem e o mal em nossas vidas, pelo contrário.
E o que dizer do profeta Jonas? Você já reparou o que Deus causou na vida daquele profeta? Uma das palavras chaves no livro é, esse verbo significa selecionar algo ou alguém para uma finalidade específica. No livro lemos que Deus enviou um grande peixe engolir o profeta (1.17); fez uma planta nascer e subir por cima dele (4.6); mandou um vento oriental quente para atacar ele (4.8); e o maior milagre ao meu ver no livro todo é: Deus enviou  um verme para comer a planta que tinha dado como proteção ao profeta (4.7). Pessoas questionam o livro de Jonas pois narra que um grande peixe engoliu um homem. Mas você já viu um verme domesticado? É assim que o livro termina, com um milagre absurdo – um verme domesticado por Deus para cumprir um propósito específico, destruir a planta que Jonas tanto amava. Sim, Deus também controla vermes e envia eles sobre nossas vidas.
Aliás, quando lemos o livro de Jonas devemos perceber que o mesmo Deus que estava ativo na vida do profeta, trazendo tempestades, peixe, vento e verme, é o mesmo Deus que está ativo em nossas vidas. Ele não mudou e continua soberano e ativo sobre toda a criação.
Por último, lembre-se das palavras do apóstolo Paulo: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito” (Romanos 8:28). O que são “todas as coisas”? No final do capítulo Paulo fala sobre “tribulação, angústia, perseguição, fome, nudez”. Diz que somos como “ovelhas levadas ao matadouro continuamente” (a vida nunca foi normal para Paulo). Então conclui dizendo que “em todas as coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Rm 8.37). Essas são “todas as coisas” que Deus causa e usa em nossas vidas. Não só coisas boas, mas também coisas ruins.
Eu até poderia passar o dia pensando no coronavírus, mas minha mente insiste em pensar em como Jesus experimentou a eterna e infinita surra que eu merecia, para que eu pudesse ser libertado, perdoado e adotado como filho de Deus, Já pensou quando esse tempo de distanciamento social passar? Quando as igrejas finalmente começarem a se reunir novamente, que reunião feliz será! Será como uma pequena antecipação do céu: muita espera e, finalmente, juntos novamente.

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