Introdução
Um dos nomes do Maligno, na Palavra de Deus, é serpente — a antiga
serpente, chamada Diabo e Satanás (Ap 12,9; cf. 2Co 11.3). Recebe tal alcunha
porque — como Arqui-inimigo de Deus — é astuto, sutil, traiçoeiro, falso e
peçonhento assim como a serpente! O Adversário tenta os santos do Senhor e
os embaraça muitas vezes, pois sabe a hora certa de dar o “bote”! (1Ts 3.5; Ef
6.11). Enquanto uns se enroscaram e caíram no laço do Inimigo, outros lhe
estão presos (1Tm 3.7; 2Tm 2.26). Apenas uma vida pautada na Palavra, com
obediência, oração, jejum, poder, temor e vigilância pode vencer o Inimigo (1Jo
2.13,14; 5.18; 2Ts 3.3).
Satanás há séculos age como serpente, e de forma sutil e astuciosa
(porque é fino em ocultar seus verdadeiros intentos, a fingir sempre que está
fazendo tudo para o bem) tem enganado ministros e crentes de várias
denominações com a comemoração do nascimento do Senhor Jesus em 25 de
dezembro, já que essa data foi “cristianizada” tão somente para converter os
pagãos de seu ídolo — o deus-sol. Visto que Satã por meio da data e dos
costumes retirados do paganismo — alusivos, na antiguidade, ao nascimento
do deus-sol (comemorado por idólatras, feiticeiros, depravados, etc.) — infiltrase
nos cultos, nas igrejas e ganha terreno, transferindo a adoração, que
supostamente é em louvor ao nascimento de Jesus, a um ídolo pagão. Decerto,
aqueles que comemoram o Natal foram mordidos pela antiga serpente — o
Diabo.
Vamos às razões pelas quais os cristãos verdadeiros não devem
comemorar o Natal.
1.ª RAZÃO:
Jesus não nasceu em 25 de dezembro — Lucas 2.8 é prova disso
No dia do nascimento de Jesus, os pastores estavam no campo com seus
rebanhos, pois somente à noite eles os recolheriam: Ora, havia naquela mesma
comarca pastores que estavam no campo, e guardavam durante às vigílias da
noite o seu rebanho (Lc 2.8). Por isso, o Senhor Jesus Cristo não nasceu em
dezembro, pois — segundo Esdras 10.9 e 13 — tempestades, ventanias e frio
caracterizavam os últimos meses do ano. “Grandes chuvas eram características
no nono mês do ano sagrado (novembro-dezembro), durante a época das
primeiras chuvas.”[1] Em se tratando dum calamitoso inverno como esse, os
pastores guardariam suas ovelhas e cabras o tempo todo — sob abrigos ou
grandes pedras, e não apenas à noite, já que seria impossível deixá-las a esmo
nos campos. Ao contrário disso — no dia em que Jesus nasceu — a estação do
ano proporcionava aos pastores deixar seus animais à vontade nos campos, de
maneira que isso seria impossível suceder nos últimos meses do ano.
2.ª RAZÃO:
Jesus não nasceu em 25 de dezembro — Lucas 2.1 é prova disso
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O censo de César Augusto — imperador romano de 31 a.C. a 14 d.C. —
é outra prova que desmascara a falácia do nascimento de Cristo em 25 de
dezembro. E aconteceu naqueles dias saiu um decreto da parte de César Augusto,
para que todo o mundo se alistasse (Lc 2.1). Censo é o mesmo que alistamento
ou recenseamento — “contagem, levantamento periódico, oficial e geral da
população de um país”.[2] O decreto do alistamento “foi usado por Deus para
levar José e Maria a Belém, onde o profeta predissera que Jesus iria nascer (Mq
5.2).”[3] No entanto, jamais haveria convocatória para um censo desse porte no
inverno, porque a locomoção para o recenseamento — por causa do temperatura
baixa, ventos e tempestades — seria impossível. Em geral, esses alistamentos
eram convocados após as colheitas, pois, além de não darem sérios danos à
economia, o tempo proporcionaria estradas secas e boas condições para as
viagens. Geral e politicamente é impossível que o alistamento se realizasse no
mês de dezembro — mês do inverno, fortes chuvas, ventanias e frio (Ed 10.9 e
13); por conseguinte, infere-se que o Senhor Jesus não nasceu em dezembro,
visto que Ele foi concebido nos dias desse censo. Veja Lucas 2.3-7.
3.ª RAZÃO:
O Natal associa mentiras ao nascimento de Jesus —
popularizou que eram três magos
No final do ano, é comum vermos em presépios e pessoas dizendo que
eram três magos que foram até o Senhor Jesus presenteá-Lo. Deram-lhes até
os nomes Baltasar, Melchior e Gaspar (dois brancos e um negro,
respectivamente). Contrariamente, em solo oriental, creem que eram 12 magos.
O fato é: onde está escrito no Livro de Deus o número exato de magos? Nada
acrescentes às Suas palavras [de Deus], para que não te repreenda e seja achado
mentiroso (Pv 30.6, cf. Ap 22.18,19). Foi Helena — mãe do imperador
Constantino Magno —, no século V, que penetrou, no mundo ocidental, a
tradição dos três magos. E concernente aos nomes, procedem de lendas
narradas por Beda, o Venerável, a partir de 735 d.C. Entretanto, a Palavra de
Deus salienta que eram “magos”, sem nos dizer quantos eram: E tendo nascido
Jesus em Belém da Judeia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram
do Oriente a Jerusalém (Mt 2.1, grifo acrescido). O que nos relata a passagem
sagrada? “Uns”, isto é, mais de um, mas não diz quantos! O resto não passa de
lendas e tradições antibíblicas anexadas ao texto bíblico: Invalidando assim a
Palavra de Deus pela vossa tradição, que vós ordenastes (...) ensinando doutrinas
que são preceitos dos homens (Mc 7.13; Mt 15.9).
4.ª RAZÃO:
O Natal associa mentiras ao nascimento de Jesus —
popularizou que magos presentearam Jesus na manjedoura
A data de 25 de dezembro para o Natal popularizou várias mentiras a
respeito dos magos. Além de os presépios mostrarem três magos — o que não
passa de uma mentira deslavada! —, também os revelam presenteando o
Menino Jesus na manjedoura. Isso transformou-se em algo comum, pois a
maioria das pessoas acha que Cristo recebeu presentes na manjedoura. O certo
é que os magos não presentearam o Senhor Jesus na manjedoura, mas em
casa, e algumas semanas após o Seu nascimento. E mais: deduz-se que foram
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tempos depois, pois somente após Ele haver nascido é que a estrela lhes
apareceu: Então Herodes, chamando secretamente os magos, inquiriu
exatamente deles acerca do tempo em que a estrela lhes aparecera (...) E
entrando em casa, acharam o Menino com Maria Sua mãe, e prostrando-se, O
adoraram; e, abrindo os seus tesouros, Lhe ofertaram dádivas: ouro, incenso
e mirra (Mt 2.7,11, grifo acrescentado). Ao visitar alguém ilustre, era costume
oriental não aparecer de mãos vazias, mas oferecer-lhe dádivas (regalos,
presentes).
5.ª RAZÃO:
O Natal associa mentiras ao nascimento de Jesus — difundiu
(entre alguns) que os magos eram bruxos, mágicos e feiticeiros
Seitas místicas e esotéricas — incluindo a Nova Era — alegam que até os
mágicos, bruxos, encantadores, feiticeiros adoraram e presentearam Jesus.
Segundo os tais, Cristo não é contra o esoterismo, o misticismo e os
encantamentos, porque aceitou de bom grado os magos, e, como astrólogos,
foram guiados pela estrela, sendo que em nenhum momento foram reprovados.
Porém entre os gregos, magos eram sábios e estudiosos, que se aplicavam aos
estudos das coisas celestiais, naturais e espirituais, e não “magos” no sentido
da palavra à qual conhecemos atualmente — bruxos, feiticeiros, mágicos e
encantadores. Logo, os “magos”, de Mateus 2, não eram o que pensam os
esotéricos e adeptos da Nova Era!
Outrossim, o fato de serem guiados por uma estrela não significa que
eram astrólogos, mas, sim, astrônomos — que, como estudiosos das ciências
celestiais, sabiam das posições relativas e dos movimentos dos astros,
principalmente das estrelas; deste modo, foram os tais que o Todo-Poderoso
escolheu para cumprir a profecia que uma estrela revelaria o nascimento do
Ungido de Iavé — o Messias. Veja Números 24.17. Os magos também, indo até
Jesus, visto que não eram judeus, representavam que Ele trouxe salvação a
todos os gentios. Quanto à astrologia, ao misticismo e ao esoterismo, a Bíblia
os condena do começo ao fim (Dt 17.2,3; Lv 19.31; Gl 5.20,21; Ap 9.21).
6.ª RAZÃO:
25 de dezembro (que associaram a Jesus) era, em Babilônia, o
aniversário do deus-sol
Através de estudiosos, sabemos que a celebração de 25 de dezembro
originou-se em Babilônia, na época do reinado de Ninrode, logo após o dilúvio
(Gênesis cap. 7; Mt 24.37-39). Ninrode era bisneto do patriarca Noé (Gn 10.8,9;
1Cr 1.10). Seu nome é procedente da palavra “marad”, que significa “rebelde;
aquele que se rebelou”. Em verdade, Ninrode não seguiu a justiça de seu bisavô
(Gn 6,8,9; 2Pd 2.5); porém, agiu de acordo com o significado do seu nome, pois
estabeleceu — por meio do sistema babilônico (cf. Gn 10.10-12) — governos e
impérios fundamentados na corrupção organizada, na economia da competição
e lucro, de tal modo que até hoje subjugam o mundo.
Acredita-se que Ninrode iniciou a construção da Torre de Babel (Gn 11.4),
visto como o Senhor ordenou após o dilúvio — frutificai e multiplicai-vos; povoai
abundantemente a terra, e multiplicai-vos nela (Gn 9.7) — ele, contrariamente,
queria ajuntar o povo para si, dominá-lo e organizá-lo numa rebelião contra o
Senhor. Essa torre era “o marco de busca de conhecimentos ocultos, de onde se
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originou toda a feitiçaria, idolatria e misticismo do mundo, conforme se vê em
Isaías 47 e Jeremias 50 e 51”.[4] Quando a Escritura diz três vezes, em dois
versículos, que ele era “poderoso” — com efeito, às vezes, essa palavra possui
um significado hostil de “contra”, já que ele levou o povo a apostatar-se e a
rebelar-se contra o Altíssimo, querendo dominar o mundo. “O Targum de
Jerusalém é uma versão muita antiga do texto hebraico para a língua aramaica,
e era utilizado especialmente pelos antigos rabinos nas sinagogas, mas é
interessante vermos como ele traduz o texto sagrado de Gênesis 10.8,9: “Ninrode
foi o mais poderoso rebelde contra o Senhor que jamais existiu no mundo”.[5]
Dentre seus atos contrários ao Todo-Poderoso, está o fato de que escolheu
como esposa a sua própria mãe, Semíramis, com a qual teve um filho. Por
intermédio desse incesto — ato horripilante, imundo e repugnante —, nasceu
Tamuz. Ela queria aplicar a si a promessa do Redentor, predita pelo Eterno em
Gênesis 3.15, por isso, foi considerada como deusa (divina mãe) entre o povo, e
Tamuz como “o divino filho do céu”; daí nasceu o “mistério da mãe e da criança”.
Após a morte de Ninrode, Semíramis alegou que Tamuz era a
reencarnação de Ninrode, seu filho-marido; por consequência — segundo ela —
, um pinheiro cresceu da noite para o dia, simbolizando o despertar de Ninrode,
de modo que na data do aniversário dele — 25 de dezembro —, visitaria o
pinheiro. Consequentemente, Semíramis noticiou que Tamuz (seu filho-neto, ou
seja, filho com seu próprio filho, Ninrode) fora morto por um javali, mas que
havia se transformado no Sol, passando a ser o deus-sol. Assim, na celebração
anual de 25 de dezembro, as mulheres choravam esperando Tamuz
transformar-se no deus-sol. Veja Ezequiel 8.14-16.
7.ª RAZÃO:
De Babilônia, pela data de 25 de dezembro — o aniversário do
deus-sol —, vários costumes pagãos firmaram-se no mundo e na
religião
De Babilônia, o sistema idólatra e pagão de culto atravessou fronteiras e
espalhou-se pelos quatro cantos do mundo, chegando até os dias de hoje. A
veneração de Semíramis com Tamuz nos braços foi o fator preponderante para
o culto à “rainha dos céus” (Jr 7.18,19; 44.17-19), da “mãe e da criança”, da
“virgem e do menino”. A lenda passou por várias alterações em cada país,
adaptando-se à cultura e à crença de cada lugar, porém, ainda assim, a base e
a simbologia são iguais. Logo:
- Na Babilônia — Semíramis e Tamuz;
- Em Canaã — Astarote e Baal;
- No Egito — Ísis e Hórus;
- Em Roma — Vênus e Cupido;
- Na Grécia — Afrodite e Eros.
Além de, no século IV, aniversariar o Senhor Jesus na mesma data do
deus-sol — 25 de dezembro, a Igreja Romana foi laçada impetuosamente pelo
paganismo do “mistério da mãe e da criança”, da “virgem e do menino”. O
Catolicismo tributou a Maria o título de “Madona” (italianismo que significa
“minha senhora”). Ela — proclamada pelas autoridades romanistas como
“rainha dos céus” — é revelada nas imagens com o Menino Jesus no colo, como
exemplo: Senhora das Mercês, Senhora da Glória, Senhora de Loreto, Senhora
do Monte Serrat, Senhora Mãe Rainha, Senhora d’Ajuda, Senhora do Alívio,
5
Senhora da Arábia, Senhora da Fé, Senhora do Círio de Nazaré, Senhora da
Achiropita, Senhora da Estrada, Senhora do Bom Conselho, Senhora de
Quinche, Senhora da Candelária, Senhora do Livramento, Senhora do Monte
Carmelo (chamada de Sr.ª do Carmo), Senhora do Perpétuo Socorro, Senhora
Auxiliadora, etc. Na certa, tudo isso não passa de herança do paganismo, e,
provadamente, não há registro algum de a Igreja do século primeiro ter agido
assim, de forma tão idólatra e profana (At 2.42). Foi a Igreja de Roma (no séc.
IV) que abraçou e disseminou os costumes das nações — dentre os quais o da
madona com a criança (Jr 10.2,3; 2Co 6.14-17). O culto a Maria só se tornou
uma doutrina oficial da Igreja Católica no Concílio de Éfeso, em 431 d.C. É por
conta disso que os católicos romanos chamam Maria de “rainha do céu”, tal
como Astarote era chamada pelos pagãos (Jr 7.18). No entanto, ela foi uma
mulher que alcançou a graça de Deus, mas, mesmo assim, era uma criatura
que cometia pecados — necessitando de um Salvador (Lc 1.46-48; Rm 3.23).
A mariolatria — o culto e a veneração a Maria — é fatalmente condenada
pelas Escrituras (Lc 11.27,28; Rm 1.25). Só Deus deve ser adorado (Lc 4.8; 1Co
8.4,5; 1Tm 6.15,16), pois não divide a Sua glória com outro (Is 48.11; Mc
12.29,30). Jesus é o único Intercessor entre Deus e os homens (1Tm 2.5; Hb
7.25; Rm 8.34). O fim da idolatria católica é levar para o inferno — onde o fogo
nunca se apaga e o bicho nunca morre, caso em vida não haja arrependimento
(Ap 21.8; 22.15; 9.20,21; Mc 9.44).
8.ª RAZÃO:
Sem conhecimento exato do dia, várias datas foram dadas para
comemoração do nascimento de Jesus
No decorrer da história do Cristianismo, como não se tinha exatamente
o conhecimento da data, várias datas foram marcadas para festejar o Natal. De
acordo com a Enciclopédia Barsa[6] — nos primeiros séculos, o Natal era
comemorado, ora 6 de janeiro, ora 25 de março, e em alguns lugares a 25 de
dezembro. Esta última data, como sendo o nascimento de Jesus (mesmo ainda
não de forma oficial), popularizou-se sob o decreto do imperador Aureliano,
adepto do Mitraísmo, em 270 d.C, pois era o aniversário de seu deus-sol, Mitra.
A Bíblia diz: As coisas encobertas pertencem ao Senhor, Nosso Deus, porém as
reveladas nos pertencem a nós e a nossos filhos para sempre, para que
cumpramos todas as palavras desta Lei — Dt 29.29.
9.ª RAZÃO:
Tanto a data como a celebração do Natal são inspiradas nas
festas de dezembro dos povos pagãos, que adoravam o deus-sol
Como o Natal cristão já foi festejado em várias datas diferentes no
decorrer dos séculos, estabeleceu-se no dia 25 de dezembro, pois associou a si
vários costumes e datas das antigas celebrações da “Festa Mitraica” ou
“Nascimento do Sol Invencível”, “Brumália” (25 de dezembro), Yule (22 e 23 de
dezembro) e “Saturnália” do solstício de inverno, que ocorria em torno de 17 a
24 de dezembro, no Hemisfério Norte. Como eram essas festas e o que nelas
ocorriam?
Saturnália — Festividade que se iniciava no dia 17 de dezembro e ia até
24 de dezembro. Durante sua comemoração, faziam-se sacrifícios a Saturno e a
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estátua do seu templo tinha, simbolicamente, fios de lã retirados dos seus pés,
para representar sua libertação. Depois dos sacrifícios, tinha início o banquete
público.[7] Igualmente, segundo a American Encyclopedia, as Saturnálias eram
a data da antiga festa romana em homenagem ao Sol, quando o dia 25 de
dezembro, nascimento do deus-sol era celebrado.
Yule — Nos dias 22 e 23 de dezembro, Yule era comemorado
terminantemente pelo paganismo das bruxas, magos, feiticeiros e encantadores
dos povos nórdicos (escandinavos), na Europa. Era o festival mais importante
nos países celtas, pois comemorava o nascimento do deus-sol (da mãe-terra ou
mãe-natureza), na noite mais longa, escura e fria do ano por causa do solstício
de inverno (tempo em que o Sol, parando de afastar-se do equador — linha
imaginária da Terra —, começa a reaproximar-se), no Hemisfério Norte. Os
pagãos criam que as esperanças renasciam, já que o deus-sol traria calor e
fertilidade à Terra. Yule celebrava o deus-cornífero (semelhante a animal que
tem hastes, tentáculos e antenas em forma de chifres). Nesse dia, muitas
tradições pagãs se despedem da deusa e dão boas-vindas ao deus-sol, que
governará a metade clara do ano.[8]
Brumália — Conforme a American Encyclopedia, era comemorada 25 de
dezembro, logo após a Saturnália. No Hemisfério Norte, tal data coincidia com
a época do solstício de inverno, dia mais curto do ano, com menos horas de luz;
por consequência, em sinal de adoração ao Sol — considerado uma divindade
que controlava a vida —, esperava-se o seu renascimento. Consoante criam, o
deus-sol se manifestaria sendo um bom presságio para o ano seguinte. Era
ainda a data da antiga festa romana [Mitraica], em homenagem ao Sol.[9]
Festa Mitraica: Também chamada de Natalis Solis Invicti — o
“Nascimento do Sol Invencível”. Essa festa pagã era voltada ao culto a Mitra,
deus-sol dos persas. Mitra era um deus guerreiro que sacrificou um touro
sagrado, cujo sangue, consoante a crença, serviria para redimir seus eleitos. As
primeiras referências a Mitra o datam em torno de 1400 a.C., na literatura
persa, como o deus-sol ariano. Logo, Mitra era o deus-sol, em que seus adeptos
celebravam o seu nascimento em 25 de dezembro, no solstício de inverno. A
crença no deus-sol, Mitra, foi trazida para o império romano pelos soldados que
lutaram na região de Babilônia — Pérsia, atual Irã, pois lá o escolheram como
protetor. Depois disso, Mitra chegou a ser um dos principais deuses do panteão
romano (templo pagão dedicado a vários deuses). No dia 25 de dezembro, entre
rituais, orgias, comilanças, bebedices, cantatas e velas era aclamado o
“nascimento do sol invicto” — Mitra.[10]
Por conta disso, hoje em dia, há muitas práticas utilizados no Natal que
possuem origens essencialmente pagãs das festas suprarreferidas.
10.ª RAZÃO:
O Natal foi instituído em 313 d.C. pelo imperador Constantino
e imposto oficialmente à Igreja em 354 d.C., por um bispo católico
romano
O Imperador Constantino Magno — fiel e devoto seguidor do deus-sol
Mitra — decretou, em 313 d.C., que o dia 25 de dezembro seria a data do
nascimento de Jesus. Fez assim porque o aniversário de seu deus — Mitra, o
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“Sol Invencível” — era comemorado no dia 25 de dezembro. Ao passo que a
Enciclopédia Barsa atesta que, no calendário cristão mundial, a festa do Natal
foi decretada oficialmente à Igreja pelo bispo romano Libério, no ano 354 d.C.;
isto é, mais de 200 anos após a morte do último apóstolo — João. Em 1870, a
data foi denominada como feriado nacional. Por conseguinte, “o Natal não
constava entre as antigas festividades da Igreja [...] Não foi instituída por Jesus
Cristo nem pelos apóstolos, nem pela autoridade bíblica. Foi tomada mais tarde
do paganismo” — Enciclopédia Britânica, edição de 1946.
De fato, a data de 25 de dezembro não é referente ao estrito aniversário
cronológico de Nosso Senhor Jesus, mas, sim, é alusiva à substituição — a fim
de estabilizar o Cristianismo — das antigas festas pagãs, em que estes
tributavam homenagens, oferendas (comidas, bebidas, cantatas, troca de
presentes e velas) ao deus-sol. Sendo assim, é uma cristianização de festas
pagãs! A partir dos séculos IV e V, pelo interesse da união da Igreja com o
Estado, milhares de pagãos se introduziram no Cristianismo por meio do
Catolicismo Romano. De sorte que as festas pagãs já existentes foram
popularizadas e designadas como festas cristãs, assim, não desagradariam os
novos religiosos, os recém-adeptos da Igreja de Roma. Portanto, mais uma vez
vemos o cumprimento da Palavra Profética, que predisse a Babilônia como o
berço das doutrinas maléficas em todo o mundo: Mistério, a grande Babilônia, a
mãe das prostituições e abominações da terra — Ap 17.5.
Além do quê, ligar Yule, Saturnália, Brumália e o Nascimento do Sol
Invencível com o nascimento do Filho de Deus, foi um erro crasso, terrível e
pernicioso! Não adianta o cristão se unir, desejar praticar rituais e possuir o
mesmo modo de viver dos incrédulos para ganhá-los, uma vez que o Evangelho
é “boa-nova”, ou seja, renúncia, mudança, transformação: E, chamando a si a
multidão, com os seus discípulos, disse-lhes: Se alguém quiser vir após mim,
negue-se a si mesmo, e tome a sua cruz, e siga-me. Porque qualquer que quiser
salvar a sua vida perdê-la-á, mas, qualquer que perder a sua vida por amor de
mim e do evangelho, esse a salvará (Mc 8.34,35). Aquele que quiser servir a
Jesus tem de tornar-se uma nova criatura, lançando fora seus pecaminosos
hábitos: Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se
corrompe pelas concupiscências do engano, e vos renoveis no espírito do vosso
sentido; e vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira
justiça e santidade (Ef 4.22-24). Não pode haver ligação da fé cristã com práticas
pagãs (cf. 2Co 6.14-17; Jr 10.1-3). Além do mais, quem convence o homem do
pecado, sem sombra de dúvida, é o Espírito Santo (Jo 16.8; Tt 3.5).
11.ª RAZÃO:
As enciclopédias confirmam a origem pagã do Natal
Não que depositamos a nossa fé nas enciclopédias, porque, às vezes,
também manifestam erros; contudo, “o Senhor Deus é a verdade” (Jr 10.10), e
“é impossível que Deus minta” (Hb 6.18) — consequentemente, “nenhuma
mentira vem da verdade” (1Jo 2.21). As Escrituras, a palavra final acerca de
tudo, provam que o Salvador Jesus não nasceu em 25 de dezembro — e
historicamente essa data é ligada a costumes pagãos, pela qual se teve a
intenção de eliminar festividades do falso deus-sol e torná-las “cristãs” —,
portanto, como participaremos dessa associação tão pagã, idólatra, mesclada e
imunda que fizeram com Senhor Jesus, o Cordeiro imaculado e incontaminado?
Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-O; e se
Baal, segui-o (1Rs 18.21); Ninguém pode servir a dois senhores [...] Não podeis
servir a Deus e a Mamom (Mt 6.24).
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Analisemos, entretanto, as enciclopédias, que concordarão com essa
análise:
Enciclopédia Britânica — A partir do ano 354 alguns latinos puderam
mudar de 6 de janeiro para 25 de dezembro a festa que até então era chamada
Mitraica, o aniversário do invencível sol [...] Os sírios e os armênios apegando-se
à data de 6 de janeiro, acusavam os romanos de idólatras e adoradores do sol,
sustentando que a festa de 25 de janeiro havia sido inventada pelos discípulos
de Cerinto.
Enciclopédia Americana, edição de 1944 — O Natal, de acordo com
muitas autoridades, não se celebrou nos primeiros séculos da Igreja Cristã. O
costume do Cristianismo era celebrar não o nascimento de Jesus Cristo, mas sua
morte. Em memória do nascimento de Cristo se instituiu uma festa no século
quarto. No século quinto, a Igreja Ocidental deu ordem para que fosse celebrada
para sempre, e no mesmo dia da antiga festividade romana em honra ao
nascimento do deus-sol, já que não se conhecia a data exata do nascimento de
Cristo.
Enciclopédia Católica, de 1911 — A festa de Natal não estava incluída
entre as primeiras festividades da Igreja [...] Os primeiros indícios dela são
provenientes do Egito [...] Os costumes pagãos relacionados com o princípio do
ano se concentraram na festa de Natal
Nova Enciclopédia de Conhecimento Religioso, de Schaff Herzorg —
Não se pode determinar com precisão até que ponto a data desta festividade teve
origem na pagã Brumália (25 de dezembro), que seguiu a Saturnália (17 a 24 de
dezembro) e comemora o dia mais curto do ano e o nascimento do deus-sol. As
festividades pagãs de Saturnália e Brumália estavam demasiadamente
arraigadas aos costumes populares para serem suprimidas pela influência cristã.
Essas festas agradavam tanto que os cristãos viram com simpatia uma desculpa
para continuar celebrando-as sem maiores mudanças no espírito e na forma de
sua observância. Pregadores cristãos do Ocidente e do Oriente próximo
protestaram contra a frivolidade indecorosa com que se celebrava o nascimento
de Cristo, enquanto os cristãos da Mesopotâmia acusavam a seus irmãos
ocidentais de idolatria e de culto ao sol por aceitar como cristã essa festividade
pagã.[11]
Enciclopédia Barsa — A data atual foi fixada ao ano 440, a fim de
cristianizar grandes festas pagãs realizadas neste dia: a festa mitraica (religião
persa que rivalizava com o cristianismo nos primeiros séculos), que celebrava o
Natali Invicti Solis (Nascimento do Vitorioso Sol) e várias outras festividades
decorrentes do solstício de inverno, como a saturnalia em Roma e os cultos solares
entre os celtas e os germânicos. A ideia central das missas de Natal revela
claramente essa origem: as noites eram mais longas e frias, pelo que em todos os
ritos, se ofereciam sacrifícios propiciatórios e se suplicava pelo retorno da luz.[12]
Grande Dicionário Sacconi — Comentado, Crítico e Enciclopédico:
Incerta é a data de seu nascimento [...] Pelo calendário cristão, 25 de dezembro é
a data de nascimento de Cristo, mas muitos teólogos se negam a aceitar essa
data como verdadeira.[13]
12.ª RAZÃO:
O Natal engloba o culto ao Papai Noel, que é o São Nicolau, um
ídolo católico romano
No final de ano, pergunte a qualquer criança de quem ele se lembra
quando se fala do Natal, e obterá a resposta sucinta e certeira: — O Papai Noel!
A prova disso é que a pequena cidade de Rovaniemi, na Lapônia, região da
Finlândia, é intitulada a “residência oficial” do Papai Noel. Lá, os correios
recebem 700 mil cartas por ano, vindas de aproximadamente de 150 países. Por
exemplo, em 2008, “durante nove dias, 2.110 crianças das escolas da cidade
romena de Brasov escreveram uma carta de 413,8 metros endereçada a Papai
Noel. Cobrindo uma superfície de 99,31 m², a carta passou a constar no Livro
dos Recordes como a mais comprida endereçada a Papai Noel, e ficou seis meses
na Finlândia [onde dizem que ele mora], para ser lida”.[14] E não apenas isso,
porém, no fim de ano, são em torno de “14 milhões de referências a Santa Claus
(o nome do Papai Noel em inglês) [que] se encontram no Google: 158 mil são a
Mos Cracium, o seu nome em romeno, e 1,5 milhão a Papai Noel.”[15]
Muitos não sabem, mas a maior expressão do Natal — o Papai Noel —
que, segundo a crendice, traz presentes às crianças obedientes, boazinhas e
carentes, é um ídolo canonizado pelo Igreja Romana — chamado São Nicolau.
O costume de presentear crianças — atrelado ao Papai Noel — surgiu
devido a uma lenda que São Nicolau era bonzinho e dava presentes às crianças
necessitadas. Na Enciclopédia Britânica, vol. 19, 11.ª edição, pp. 648,649, é dito:
“São Nicolau, o bispo de Mira, santo venerado pelos gregos e latinos em 6 de
dezembro [...] conforme uma lenda segundo a qual presenteava ocultamente a
três filhas de um home pobre [...] deu origem ao costume de dar em secreto na
véspera do dia de São Nicolau (6 de dezembro), data que depois foi transferida
para o dia de Natal. Daí a associação do Natal com São Nicolau”.
Haja vista a cronologia desse santo católico romano que se transformou
no Papai Noel dos dias atuais:
270 d.C. — São Nicolau, que deu origem à lenda do Papai Noel, nasce no
Oriente Médio. [Foi bispo de Myra, cidade portuária do Mediterrâneo, situada
na Turquia hoje].
Século 11 — Os restos mortais de São Nicolau são encontrados e
roubados por marinheiros italianos, que os levam para Bari, na Itália, onde
estão até hoje.
Século 17 — A lenda de São Nicolau chega ao continente americano [aos
Estados Unidos] com os colonos europeus, que o consideravam protetor
[padroeiro espiritual] dos marinheiros e comerciantes. [Os holandeses trazem a
imagem de São Nicolau a New Amsterdan (atual Nova Iorque) nas figuras de
proa dos navios, pois criam que sua presença a bordo os protegia. Tanto assim
com a Reforma Protestante (1517), o culto a esse “santo” desapareceu da
Europa, mas São Nicolau persistiu na Holanda — chamado em holandês de
Sinterklaas. Esse nome foi adaptado para o inglês americano, por isso é
chamado de Santa Claus, categoricamente, nada mais é que o nome do São
Nicolau; contudo, popular e modernamente traduzido e associado ao Papai
Noel].
1823 — O professor e escritor americano Clement Clarke More escreve o
poema Santa Claus (nome do Papai Noel em inglês), que o descreve como um
velhinho gorducho e sempre sorridente que tira do trenó, puxado por [oito]
renas, os presentes que dá às crianças.
1860 — O cartunista Thomas Nast esboça o Papai Noel na revista
Harper’s Weekly, em um desenho que percorrerá o mundo.
1931 — A imagem do Papai Noel que conhecemos hoje surge pela
primeira vez. É criada pelo [norte-]americano Haddon Sundblom, para a
campanha de publicidade natalina da Coca-Cola Company. [Depois disso,
tornou-se o homem lendário, de barba branca e vestes vermelha e bordas
brancas].
2008 — É realizada a maior reunião de Papais Noéis do mundo. Quase
4 mil imitadores do [Papai Noel o] famoso morador da Lapônia [região da
Finlândia, perto do Polo Norte] marcharam pelas ruas de Bucareste, capital da
Romênia, entrando para o Livro dos Recordes.[16]
Exame Bíblico
Em se tratando do Papai Noel — o São Nicolau, santo romanista — temos
ciência de que é um ídolo terrível e uma afronta ao único e verdadeiro Deus. Só
em Roma existem mais de 60 igrejas com o seu nome e, na Inglaterra, mais de
400. Porém, quer Sinterklaas quer outros ídolos, todos são confusões, vaidades
(vãos, sem valor) e laços do Diabo para a humanidade (Is 41.29; 44.9; Sl 106.36);
além do mais, ensinam a mentira e a confusão (Hc 2.18-20). Por isso, não
devemos tê-los (Nm 33.52), nem temê-los (Jr 10.3-5), nem venerá-los (Is
42.8,17), mas destruí-los totalmente (Is 30.22; Dt 7.5,25), pois, caso não seja
assim, há de tomar o primeiro lugar do Altíssimo no nosso coração (Mt
22.37,38). Conforme o Deus da Bíblia, as imagens do Papai Noel (que é
associado hoje ao São Nicolau) dentro dos lares e nas janelas, e as oferendas
deixadas a ele nas chaminés, nos telhados, debaixo das camas, ao pé das
árvores, na verdade, são cultos e sacrifícios aos demônios, ao próprio Satanás
(Dt 32.16,17; 1Co 10.14,19-21). Ser cristão é obedecer aos mandamentos de
Cristo (Jo 14.21,23,24; 1Jo 5.2,3), do contrário, tem somente “nome” de
convertido, mas, de fato, é um convencido e um empecilho na Obra de Deus (Ap
3.1; Tg 3.13-15). O Apóstolo João nos recomendou: “Filhinhos, guardai-vos dos
ídolos” (1Jo 5.21). Esse São Nicolau — o Papai Noel, ídolo maldito — tem de ser
destruído, em nome do Senhor Jesus!
Outrossim, o Papai Noel é o protótipo (modelo, exemplo) do Anticristo,
implantado pelo Maligno no mundo. Assim como o Papai Noel almeja tomar o
lugar de Cristo nos corações, o Anticristo fará a mesma coisa após o
Arrebatamento na Igreja, quando se manifestar (cf. 2Ts 2.6-8). “Geralmente
entende-se que esse homem [o Anticristo] incorporará inimizade total contra
Cristo. O prefixo grego anti, porém, não significa somente “oposto ou contra”,
mas também “em lugar de, ou um substituto de”. É claro que o Anticristo
incorporará ambas as definições”.[17]
Como provemos acima, quem é mais lembrado, invocado e cultuado no
Natal não é o Senhor Jesus, pois, também, nem de longe se associaria com essa
festa pagã, mas taxativamente o Papai Noel. No Natal, conclui-se que Papai Noel
é revelado como todo-poderoso — visto que tem condições aos mil para
presentear todas as crianças da Terra; como onisciente — uma vez que conhece
os nomes dos presentes que as crianças do mundo inteiro querem; e como
onipresente — já que está em todos os países do mundo na noite de Natal. Em
visível contraste a isso, somente o Deus da Bíblia — Pai, Filho e Espírito (Mt
28.19; 2Co 13.13) — tem tais atributos (cf. 2Cr 20.6; Ap 1.7,8; Rm 15.13,19/ Is
42.9; Cl 2.2,3; Ez 11.5/ Am 9.2,3; Mt 28.20; Sl 139.7-10). O Papai Noel — o
protótipo da Besta do Mar, o Anticristo (Ap 13.1-7) — é um meio pelo qual o
11
Maligno engana com astúcia para a execução de seu intento, após o
Arrebatamento (1Co 15.51,52; 1Ts 5.3; Jo 5.43). O Papai Noel representa o
anseio de Satanás em controlar a humanidade através do Anticristo e roubar o
lugar do único Senhor e Salvador, Jesus Cristo: Ninguém de maneira alguma
vos engane; porque não será assim antes que venha a apostasia, e se manifeste
o homem do pecado; o filho da perdição; o qual se opõe, e se levanta contra tudo
o que se chama Deus, ou se adora; de sorte que se assentará, como Deus, no
templo de Deus, querendo parecer Deus — 2Ts 2.3,4.
Logo, extermine essa manobra de Satanás — o Papai Noel, pois além de
o Papai Noel ser um ídolo católico (São Nicolau, Sinterklaas), é também o
protótipo do Anticristo.
13.ª RAZÃO:
A comemoração de 25 de dezembro integra o culto à Árvore de
Natal — o ídolo do bosque
Desde os tempos longínquos, em certa época do ano, os pagãos usavam
árvores para os seus rituais de idolatria. Vimos que, segundo a lenda de
Semíramis, um pinheiro cresceu da noite para o dia e representava o
despertamento de seu filho-marido, Ninrode. Após Tamuz ser decretado a
reencarnação de Ninrode e o deus-sol, seus adoradores passaram a pendurar
bolinhas em seus galhos, a representar o Sol — símbolo do seu deus.
Pesquisadores creem que a origem da Árvore de Natal é anterior ao
nascimento de Cristo. Historicamente, os egípcios usavam galhos verdes nas
festas de dezembro para simbolizar a vida e a fertilidade. Esse costume
incorporou-se no Natal.
Segundo a Enciclopédia Barsa, a Árvore de Natal também “vem do
costume de se fazer oferendas a Odin, deus da guerra dos povos germânicos
antigos, a quem se dedicava em determinada época do ano um carvalho”.[18]
Em Yule — festival nórdico de bruxaria —, como expressão de energia e da
fertilidade, as famílias traziam uma árvore verde para dentro de casa, pois criam
que, desta forma, os espíritos e fluídos da natureza teriam um lugar confortável
para permanecer durante o inverno frio. As árvores eram dedicadas à mãe natureza,
considerada a deusa-mãe. As árvores eram decoradas com velas,
comidas, bolas coloridas, que — além de ser símbolos fálicos (ou falos), os quais
definitivamente representavam a imagem do órgão genital masculino ereto —
símbolo da fecundidade da natureza, e objeto de culto — representavam os
símbolos do sol, da lua, das estrelas e das almas que já partiram, de modo que
eram lembrados no fim do ano. Na ponta das árvores, fixavam o pentagrama —
símbolo da bruxaria.
Fora de dúvida, as árvores de Natal, que estão nas casas, nos jardins,
nas lojas, nos consultórios, nas praças, nos shoppings, nas escolas, nos
saguões, nos púlpitos das igrejas, etc., abarcando todos os símbolos e atavios
dedicados ao deus-sol, a deuses pagãos, à mãe-natureza, ao culto da fertilidade,
aos espíritos dos mortos, a Satanás (na bruxaria) — remontam às mesmas
árvores do paganismo.
Em resumo, segundo a Palavra de Deus, todas as árvores supracitadas e
cultuadas nas civilizações antigas — das quais se originaram a Árvore de Natal
— têm uma exata ligação com a deusa Aserá. Quem era Aserá? “Uma deusa da
Síria e de Canaã que representava a fertilidade (1Rs 15.13). Este ídolo parece
ter sido muitas vezes uma árvore sagrada.”[19] Por isso, na Bíblia Sagrada,
Aserá era a árvore sagrada — o “ídolo do bosque” (às vezes chamada
12
simplesmente “bosque”). Na Almeida Revista e Atualizada (ARA), “ídolo do
bosque” é traduzido por “poste-ídolo”; na realidade, ambas as expressões
querem dizer a mesma coisa. Tal árvore, tida como sagrada, era denominada de
“poste”, porque servia também para marcação do local do culto e sacrifícios
pagãos; no entanto, o Todo-Poderoso condenava terrivelmente essa prática: Não
plantarás nenhum bosque de árvore [ídolo do bosque] junto ao altar que o Senhor,
teu Deus, te tiver dado; nem levantarás estátua [pilar, poste, obelisco], a qual o
Senhor, teu Deus, aborrece [odeia] (Dt 16.21,22). Esse texto cai como chuvas de
pedra sobre aqueles que colocam árvores natalinas dentro das igrejas, e, em
muitos casos, até nos púlpitos!...
Sem sombra de dúvida, a Árvore de Natal é a ressurreição do ídolo do
bosque nos dias de hoje. O certo é que o ídolo do bosque era enfeitado igual às
as árvores natalinas da atualidade: Também derribou as casas dos rapazes
escandalosos que estavam na Casa do Senhor, em que as mulheres teciam
casinhas para o ídolo do bosque (2Rs 23.7).
A Palavra de Deus ordena a destruição do “ídolo do bosque” — “ou poste-
ídolo” —, quer dizer, das árvores que os pagãos cultuavam e davam oferendas;
decerto, de igual modo, engloba-se nessa ordenança a atual Árvore de Natal:
nítido ressurgimento de um costume diabólico! Vejamos:
2Reis 23.14,15 — Semelhantemente quebrou as estátuas, e cortou os
bosques [...] e também o altar que estava em Betel, e o alto que fez Jeroboão, filho
de Nebate, que havia feito pecar Israel, juntamente com aquele altar também o
alto derribou; queimando o alto, em pó o desfez, e queimou o ídolo do bosque.
Êxodo 34.13 — Mas os seus altares transtornareis, e as suas estátuas
quebrareis, e os seus bosques cortareis.
Deuteronômio 12.2,3 — Totalmente destruirei todos os lugares, onde as
nações que possuireis serviram os seus deuses, sobre as altas montanhas, e
sobre os outeiros, e debaixo de toda a árvore verde. E derribareis os seus altares,
e quebrareis as suas estátuas, e os seus bosques queimareis a fogo, e abatereis
as imagens esculpidas dos seus deuses, e apagareis o seu nome daquele lugar.
Juízes 6.25 — E aconteceu, naquela mesma noite, que o Senhor lhe disse:
[...] derriba o altar de Baal, que é de teu pau, e corta o bosque que está ao pé dele
(Jz 6.25).
1João 5.21 — Filhinhos, guardai-vos dos ídolos.
1Coríntios 10.14 — Portanto, meus amados, fugi da idolatria.
Gálatas 5.19,20,21 — Porque as obras da carne são manifestas, as
quais são [...] idolatria feitiçarias [...] e coisas semelhantes a estas, acerca das
quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais coisas não
herdarão o Reino dos Céus.
Logo, quem serve ao Senhor Jesus, é intimado pelo Deus da Bíblia a
arrancar esse ídolo maldito de seu lar, e ponto final.
14.ª RAZÃO:
As cantatas de Natal representam as cantatas de Yule e as de
Mitra, deus-sol
Sobre os presentes e sobre a colheita, as cantatas de Yule eram realizadas
com a comunidade ou com a família, como forma de proferir bênçãos durante o
solstício, para que a colheita crescesse abundantemente, a rogar o socorro dos
deuses. Além do mais, as cantatas de Yule homenageavam o nascimento do
deus-sol, nascido na calada da noite, de maneira que os bruxos e feiticeiros
nórdicos o festejavam com cantos e euforia. Igualmente, em Roma, em 25 de
13
dezembro, dia do Nascimento do Sol Invencível, Mitra, realizava-se rituais de
culto a esse falso deus e eram entoadas músicas agourentas, aterradoras e
tenebrosas em homenagens a ele. Também usavam-se sinos, velas, incenso e
água benta.
As cantatas de Yule e as cantatas de Mitra representam as mesmas
cantatas que as igrejas realizam na atualidade. Sob a alegação de estarem
louvando o nascimento de Jesus, pensam estar certos e vivenciar a mais pura
visão do que Cristo almeja à Sua Igreja; todavia, por certo, andam de mãos
dadas com o mundo e com o paganismo que foi inserido entre os cristãos. Em
verdade, retrocedem, mas não veem (Jo 12.40), de sorte que recebem a
reprovação do Senhor Jesus e a reprovação daquilo que fazem: Porquanto se,
depois de terem escapado das corrupções do mundo, pelo conhecimento do
Senhor e Salvador Jesus Cristo, forem outra vez envolvidos nelas e vencidos,
tornou-se-lhes o último estado pior do que o primeiro. Porque melhor lhes fora não
conhecerem o caminho da justiça, do que, conhecendo-o, desviarem-se do santo
mandamento que lhes fora dado (2Pd 2.20,21).
Consoante apresentado nesses estudos e de muitos outros servos de
Deus pelo mundo afora — fracas vozes que clamam no deserto perante milhões
de vozes altas e fortes, que, por todos os lados, disseminam enganos, e
escondem propositalmente essa verdade (Is 40.3; Mc 1.2,3) — quem conhece a
história suja, maldita e herética que foi o fator preponderante para a atual
comemoração do Natal, jamais deixaria se contaminar por essa imundícia e
engodo de Satanás: E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos
pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa,
agradável, perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).
Já foi mostrado o que existe por trás desse quadro cujo tem levado
milhões de pessoas, há séculos, a adorar, honrar e glorificar (no dia 25 de
dezembro) — mesmo que não intencionalmente —, a um ídolo pagão, e não a
Jesus Cristo!
Quem ensaia entusiasmadamente e “solta a voz” nas cantatas de Natal
— além de estar enganado quanto à realidade dos fatos que originaram o Natal,
ou propositalmente tapa o Sol com a peneira — ainda por cima, recebe a
reprovação do Todo-Poderoso por tais cânticos, pois, na certa, o Altíssimo não
recebe essas cantatas: “Afasta de mim o estrépito dos teus cânticos; porque não
ouvirei as melodias dos teus instrumentos” (Am 5.23).
Não é errado louvar o nascimento de Jesus; os Céus assim o fizeram (Lc
2.13,14). O problema é o dia em que supostamente querem louvar, já que
durante todo o ano podem fazer. Além de originar-se no paganismo, na idolatria
e na bruxaria, a ênfase maior do Natal não é o Senhor Jesus, mas o Papai Noel,
Árvore de Natal, guirlanda, amigo-oculto, etc. E até mesmo, em muitas dessas
cantatas, vestem-se de vermelho, com a presença de árvores, pisca-pisca,
estrelas, Papai Noel, etc. Isso é Cristianismo? Não, mil vezes não! É associação
com o paganismo, a idolatria e a bruxaria! E o Deus do céu não se deixa
escarnecer! (Gl 6.7). Devemos ser santos, isto é, consagrados tão somente para
o Todo-Poderoso e nos separarmos das práticas dos povos contrários ao Santo
de Israel (1Pd 1.16).
15.ª RAZÃO:
O Natal integra a troca de presentes, proveniente da Saturnália
Entre bebedeiras, comilanças e orgias sexuais, cada qual trocava
presentes entre si, que serviam de oferendas às divindades na noite mais escura
do ano. Esse costume era normal suceder no solstício, tanto na Saturnália
14
quanto no “Nascimento do Sol Invicto” (Natalis Invicti Solis), bem como em Yule.
Tal prática transportou-se para o Natal, recebendo os nomes de “amigo-secreto”
ou “amigo-oculto”.
Na Wikipédia, é dito: Um costume comum na Saturnália era visitar
os amigos e trocar de presentes [...] Em meados do século IV d.C., teria
sido absorvida pela comemoração do Natal, havendo uma continuidade
na prática da troca presentes oriundas do festival.[20] A Biblioteca Sacra,
volume 12, págs. 153-155, diz que relativamente à “troca de presentes entre
amigos [...] os cristãos seguramente copiaram a troca de presentes dos
pagãos”. Embora pareça uma comemoração familiar — ou entre amigos —
inofensiva, trata-se de um costume ímpio de oferenda aos ídolos —
representantes dos demônios (1Co 10.19,20); portanto, hábito incabível aos
cristãos que professam a fé no Deus da Bíblia, a que “deve ser em extremo
tremendo nas assembleias dos santos e grandemente reverenciado por todos os
que O cercam” (Sl 89.7).
E acerca do “amigo-secreto” — esta troca de presentes: oferendas ao
deus-sol, no Yule, na Saturnália, etc. — o Altíssimo assevera: Guarda-te, que
não te enlaces seguindo-as, depois que forem destruídas diante de ti; e que não
perguntes acerca dos seus deuses, dizendo: Assim como serviram estas nações
os seus deuses, do mesmo modo também farei eu. Assim não farás ao SENHOR
teu Deus; porque tudo o que é abominável ao SENHOR, e que ele odeia, fizeram
eles a seus deuses; pois até seus filhos e suas filhas queimaram no fogo aos seus
deuses (Dt 12.30,31). Quando do conhecimento do Filho de Deus e do
recebimento da vida eterna, os costumes da nossa ignorância devem ser banidos
plenamente: Como filhos obedientes, não vos conformando [ajustando,
adequando] com as concupiscências que antes havia em vossa ignorância (1Pd
1.14).
Querer dizer que o amigo-oculto é sustentado pela passagem dos magos
é camisa de força! Era costume oriental não se apresentar aos reis ou às pessoas
importantes de mãos vazias. Em nítido contraste a isso, o amigo-secreto tem a
ver com os costumes pagãos de troca de presentes nos festivais da Saturnália e
outras festas pagãs, como vimos.
16.ª RAZÃO:
A comemoração do Natal abarca a exposição nas portas da
guirlanda e do azevinho
Guirlanda é a coroa ornamental feita de flores, fitas, bolas coloridas e/ou
ramagens entrelaçadas. O azevinho possui folhas verde-escuras e bagas
vermelhas — o qual também é conhecido como “azevim, azevinheiro, pica-folha,
visqueiro, aquifólio”. Ambos eram colocados na porta principal da casa, e
anunciavam a chegada do deus-sol, nascido da mãe-natureza na noite mais
escura do ano, em Yule — festival nórdico das bruxas adoradoras da natureza.
No livro Answer to Questions (Respostas a Algumas Perguntas), Frederick
Haskins enfatiza que a guirlanda “remonta aos costumes pagãos de adornar
edifícios e lugares de adoração para a festividade que se celebrava ao mesmo
tempo do Natal”.[21] Nos anais da história, a guirlanda também simbolizava a
evolução e o recomeço. Igualmente, posta nas portas das casas, servia para
atrair sorte.
Atualmente, o azevinho e a guirlanda, pendurados nas portas principais
e à vista de outras pessoas, anunciam a chegada do Natal. E o que representa
o azevinho e a guirlanda hoje? A mesma coisa do passado, pois sua simbologia
15
em nada mudou! Quem pendura nas portas quer o azevinho, quer guirlanda ou
quer ambos está dizendo que serve ao deus-sol, dá a ele boas-vindas e que ali
lhe é consagrado um local de adoração. O único e verdadeiro Deus reprova
severamente essa prática: Com deuses estranhos o provocaram a zelos; com
abominações o irritaram. Sacrifícios ofereceram aos demônios, não a Deus; aos
deuses que não conheceram, novos deuses que vieram há pouco, aos quais não
temeram vossos pais (Dt 32.16,17); E nunca mais sacrificarão os seus sacrifícios
aos demônios, após os quais eles se prostituem; isto lhes serás por estatuto
perpétuo nas suas gerações (Lv 17.7).
De fato, um costume pagão e demoníaco transportou-se para o Natal e
chegou aos lares; sendo assim, inaceitável ao verdadeiro Cristianismo: Para que,
no tempo que vos resta na carne, não vivais mais segundo as concupiscências
dos homens, mas segundo a vontade de Deus (1Pd 4.2).
Além do mais, a simbologia da guirlanda também é evolução e recomeço.
O que isto quer dizer? — A doutrina anátema da reencarnação, cuja apregoa
“que a alma, depois a morte do corpo físico ou o estado da existência material,
não entra num estado final, mas volta ao ciclo dos renascimentos.”[22] Logo, a
guirlanda pendurada nas portas representa a crença na reencarnação. Tal
doutrina é totalmente desmascarada e condenada pela Palavra de Deus, a
exemplo: Lembrou que eles eram mortais, eram como um vento que passa e não
volta mais (Sl 78:39, NTLH).[23] Veja 2Samuel 12.20-23; Lucas 16.19-31; Jó
7.9,10; Hebreus 9.27. Não há escapatória: decidimos nosso futuro agora,
enquanto temos fôlego de vida, aceitando o sacrífico do Cordeiro de Deus — o
Senhor Jesus! (At 16.27-32; 1Jo 5.10-13).
Esses símbolos de um falso deus e de rituais pagãos, colocados nas
portas principais, devem ser eliminados totalmente!
17.ª RAZÃO:
A prática de tocar sinos no Natal é proveniente do paganismo.
Servia para convocar demônios e, em outros casos, celebrar o
nascimento do deus-sol
Os sinos existiam “no Oriente antes da era cristã”.[24] Em Yule, tocavamse
sinos naquela noite a fim de homenagear as fadas. No dia 25 de dezembro,
em Roma, os sinos badalavam anunciando o Nascimento do Sol Invencível —
Mitra. As batidas dos sinos faziam o povo vibrar e festejar o nascimento desse
deus. No Natal, à meia-noite, soam-se sinos para anunciar o “nascimento” de
Jesus. Certamente — assim como a data —, a Igreja Católica Romana imitou
essa prática da Festa Mitraica e associou-a ao “nascimento” de Cristo.
Copiar o “nascimento de Jesus” de festividade diabólica e conduzir os
costumes pagãos para celebrá-lo é morrer em vida! A cajadada da Palavra de
Deus é dada sobre os contumazes no pecado (insistentes em cometer um erro e
obstinados nessa prática do mal): Assim diz o Senhor: Não aprendais o caminho
das nações [...] porque os costumes dos povos são vaidade (Jr 10.2,3); Pelo que
saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu
vos receberei (2Co 6.17). Veja Isaías 52.11; 1Coríntios 5.11.
Não foram sinos que anunciaram o nascimento do Salvador, mas os anjos
apregoaram-No nos Céus (Lc 2.10-15). Contudo é impossível pensar que os
anjos — santos e obedientes ao Senhor (Sl 103.20; 1Pd 3.22; Mc 8.38; Ap 14,10;
Lc 9.26) — terão parte nessa pouca-vergonha! Antes, condenarão essa
comemoração anticristã e pagã do Natal! Sinos que badalavam para convocar
“fadas” — espíritos de adivinhação e de encantamentos (At 16.16; Lv 19.31), os
16
quais o Deus da Bíblia chama de “demônios” —, e batiam para a euforia e
anúncio do nascimento de Mitra, o deus-sol, não podem, nem de longe, ser
associados ao nascimento do Senhor Jesus.
Concernente a isso, a posição que o cristão deve tomar está 2Coríntios
4.2: Antes, rejeitemos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com
astúcia nem falsificando a Palavra de Deus; e assim nos recomendamos à
consciência de todo o homem, na presença de Deus, pela manifestação da
verdade.
18.ª RAZÃO:
As velas acesas no Natal preconizam uma velha tradição pagã
As velas — símbolo tradicional do Natal — preconizam (proclamam com louvor)
uma velha tradição do paganismo. Na Festa Mitraica (25 de dezembro), no
decorrer da noite, em rituais de adoração — entre orgias, comilanças,
bebedeiras e rituais —, velas eram acesas em prol do retorno da luz do Sol. As
velas serviam para pedir o “Nascimento do Sol Invencível”. Uma vez Yule
acontecia na noite mais longa do ano (entre 22 e 23 de dezembro), também era
conhecido como o “Festival das Luzes”, pelo fato de as bruxas acenderem várias
velas na noite, a fim de a mãe-natureza gerar o deus-sol e reanimar a terra, e
pedir iluminação às almas dos mortos.
Nos dias de hoje, nem todas as casas têm o costume de acender velas na
noite de Natal; porém, a verdade é que os pisca-piscas tomaram o lugar das
velas de antigamente, e estão acesos o tempo todo — antes mesmo do dia do
Natal. Tal qual as velas do Festival das Luzes da bruxaria nórdica e as velas da
Festa Mitraica, acesas ao maldito deus-sol — quer as velas quer o pisca-pisca
de hoje honram e renascem tradições pagãs de oferendas a Satanás e aos
mortos. As casas tornaram-se em antros de adoração aos demônios! Não
meterás, pois, abominação em tua casa, para que não sejas anátema, assim como
ela; de todo [completamente] a detestarás e de todo a abominarás, porque
anátema é (Dt 7.26); Entre ti não se achará [...] quem consulte os mortos, pois
todo aquele que faz tal coisa é abominação ao Senhor (Dt 18.10-12). Veja
Apocalipse 9.20,21.
Além do mais, pisca-pisca ou velas sugerem que estamos em trevas,
precisando de luz; todavia, o Senhor Jesus é a nossa luz: Eu sou a Luz do mundo;
quem Me segue não andará em trevas, mas terá a Luz da vida (Jo 8.12). Basta
nossa vida santificada, sóbria e justa para que o mundo contemple a luz do
Evangelho (Mt 5.16).
19.ª RAZÃO:
O Natal é ligado ao sacrifício da missa, que apregoa a
insuficiência da morte de Cristo
Em inglês, a palavra Natal é Christmas — indicando que é a ligação do
nome de Cristo com uma missa. Na doutrina do Catolicismo Romano, o ponto
alto do Natal é a Missa do Galo, que é celebrada nos países católicos à meianoite
do dia 25 de dezembro. Segundo a lenda, a missa recebe esse nome porque
na noite do dia 24 para o dia 25 de dezembro um galo teria cantado, a anunciar
a chegada do Messias. A bem da verdade, quanta baboseira!...
17
Em se tratando da Missa do Galo, concluímos que o Natal está envolvido
com o sacrifício da missa; daí porque se chama Christmas.
O que é a missa? Consoante a doutrina católica, no antigo livrinho A
Catechism of Christian Doctrine (Um Catecismo de Doutrina Cristã) — “a santa
missa é o mesmo sacrifício da cruz, tendo em vista que Cristo, que se ofereceu
como uma vítima de sangue na cruz ao seu Pai Celestial, continua a se oferecer,
sem sangue, no altar, [mediante a hóstia] pelo ministério de seus sacerdotes
[padres, bispos, etc.]”.[25] Perante a Bíblia Sagrada, é a “Missa um sacrifício
verdadeiro e propiciatório [que satisfaz a justiça de Deus]? Como podemos
relacionar isso com a grande Epístola aos Hebreus? O autor disse o seguinte,
sobre o sacrifício de Cristo: Como aos homens está ordenado morrerem uma só
vez (...) assim também Cristo, [ofereceu-se] uma vez para sempre para tirar os
pecados de muitos (Hb 9.27,28, ARA). O que o autor quis dizer com isso? Que
Jesus foi oferecido como um sacrifício tantas vezes quantas morre um homem
— uma vez! Além do mais, “com uma só oblação, aperfeiçoou para sempre os
que são santificados” (Hb 10.14). Uma vez que esse sacrifício único nos tornou
perfeitos e completos em Cristo, falar de missa como um sacrifício contínuo,
oferecido para a nossa redenção, contradiz o ensinamento claro das Escrituras.
Isso é repetido ainda uma vez na Epístola aos Hebreus: “Onde há remissão
destes, não há mais oblação pelo pecado” (Hb 10.18). Por nossos pecados terem
sido perdoados, já não há mais necessidade de um sacrifício.”[26]
A propósito, a Igreja Romana nunca deixou de ser apóstata um minuto
sequer! Ela, verdadeiramente, tem embriagado povos e nações com o vinho de
sua imundícia e de sua doutrina antibíblica, maléfica e condenatória! Se
supostamente, no Natal, ela impôs tal data para comemorar o nascimento de
Jesus — no mesmo dia, O sacrifica novamente, pois pensa que possui tal poder
por meio da missa. Quanta contradição! Até quando, na caradura, a Igreja de
Roma enganará as pessoas?
A própria Bíblia Católica — tradução do Padre Matos Soares — atesta
que o sacrifício do Senhor Jesus é único e eterno; somente por meio dele os
pecados podem ser purificados. A Ceia do Senhor não é substituta da morte do
Cristo, mas em “memória” deste ato único de expiação e de redenção pelo
homem, efetuado pelo Filho de Deus (Lc 22.19-20; 1Co 11.23-25). Isso,
portanto, desmantela a falsa doutrina do Romanismo, além de mostrar que a
Missa do Galo e todas as missas não servem para nada: são ilusões,
imprestáveis e tempo perdido: E, enquanto que todo o sacerdote se
apresenta cada dia a exercer o seu ministério e a oferecer muitas vezes
as mesmas hóstias, que nunca podem tirar pecados; Este [Cristo Jesus],
ao contrário, tendo oferecido uma só hóstia pelos pecados, está sentado
para sempre à direita de Deus — Hebreus 10.11,12.[27]
Em resumo, o Natal — além de ser datado e comemorado com rituais
oriundos do paganismo — contém em si a falsa doutrina do sacrifício da missa,
perceptível no seu nome em inglês (Christmas) e na Missa do Galo. Por isso a
comemoração do Natal, em hipótese alguma, é para os verdadeiros santos do
Senhor, já que há mensagem subliminar contra o sacrifício perfeito, glorioso e
infinito de Nosso Senhor Jesus — o Filho de Deus (cf. 2Pd 2.1).
20.ª RAZÃO:
Não comemoramos o Natal porque estamos livres de tradições
e costumes pecaminosos
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As tradições mundanas e idólatras foram arrancadas de nossa vida
quando aceitemos a Obra gloriosa do Gólgota, de maneira que fomos purificados
pelo sangue de Jesus: Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata
ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição,
recebestes dos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um Cordeiro
imaculado e incontaminado (1Pd 1.18,19).
Portanto, somos novas criaturas: as práticas velhas do pecado e da
mentira se foram: Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é: as coisas
velhas já passaram; eis que tudo se fez novo (2Co 5.17).
Conclusão
Qual é o verdadeiro sentido do Natal? Esta é a frase que está em
inúmeros sites, pela qual tentam explicar o fato de nos lembrarmos do
nascimento de Jesus. O problema do ímpio é a soberba que impera em seu
coração — já que se dá ao luxo de não investigar para descobrir a verdade (Sl
10.4). O verdadeiro sentido do Natal foi o exposto acima, e nada mais. Muitos
não aceitam tal explicação porque “falam mentiras, tendo cauterizada a sua
própria consciência” (1Tm 4.2). Contra fatos não há argumentos: Porque nada
podemos contra a verdade, senão pela verdade (2Co 13.8).
Provemos na história, nas enciclopédias e na Palavra de Deus a festa
diabólica que a Igreja Católica Romana transportou para o Cristianismo. Todos
os costumes e tradições derivaram-se da Festa Mitraica, Brumália, Saturnália
e Yule — este último um festival terrível da bruxaria. A data se originou em
Constantino, em 313 d.C., que aniversariou “Jesus” na mesma data de seu
ídolo: o Sol Invencível – deus Mitra, e, em 354 d.C., foi oficializada pelo bispo
Libério (a quem a tradição católica lhe atribui o título de 36.º papa). Todavia, os
apóstolos e a Igreja Primitiva nunca comemoraram o nascimento de Jesus nessa
data. A Bíblia ordena a celebração da morte de Jesus (1Co 11.23-26).
Quem tenta explicar o “verdadeiro sentido do Natal” tem de passar
conscientemente por cima disso tudo, de sorte que cairá tragicamente no pecado
de apostasia — o abandono consciente da fé (1Tm 4.1). Os que pensam que
agora “entendem” a Bíblia e libertaram-se dos “usos e costumes” e da
“religiosidade”, devem ter ciência que nunca, na profecia bíblica, foi dito que no
fim dos tempos os homens entenderiam melhor a Palavra e lutariam pela
verdade. Ao contrário disso, opor-se-iam à verdade com todas as forças e
tentariam misturar o Evangelho com a mentira. Esse é o espírito dos últimos
dias! Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina; mas, tendo comichão
[coceira] nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias
concupiscências, e desviarão os ouvidos da verdade voltando às fábulas — 2Tm
4.3,4. Veja 2Timóteo 3.1-8.
Aqueles que insistem em misturar a sujeira, a imundícia e a podridão do
Natal com o Cristianismo estão à deriva, sendo levado pela doutrina de
demônios ao abismo. Tais pastores e líderes “são nuvens sem água, levadas
pelos ventos de uma para outra parte; são como árvores murchas, infrutíferas,
duas vezes murchas, desarraigadas; ondas impetuosas do mar, que escumam
as mesmas abominações, estrelas errantes, para os quais está eternamente
reservada a negrura das trevas” (Jd vv. 12,13). O cristão que tiver um pingo de
temor de Deus sairá do curral desses lobos cruéis e devoradores, que só
almejam a gordura das ovelhas (Ez 34.3) e não têm pena do rebanho (At
20.29,30), pois só pensam em si mesmos. Hão de fugir enquanto é tempo,
porque, caso não façam, continuarão comendo gato por lebre! E isso pode
comprometer seu destino eterno (2Pd 2.20,21). E ouvi outra voz do céu, que dizia:
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Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante de seus pecados e para que
não incorras nas suas pragas (Ap 18.4).
O Natal não é uma “simples reunião de família” como nos contestam os
falsificadores da Palavra de Deus (2Co 2.17). A verdade é que os tais já venderam
suas almas ao Diabo em troca de fama, dinheiro, holofotes e poder, por conta
disso, não querem deixar o paganismo, pois “estão pervertidos e pecam, estando
já em si mesmos condenados” (Tt 3.11). Quem falou que o Deus Eterno recebe
todas as festas feitas em Seu nome? Quem assim pensa é tolo, acriançado,
cabeça-dura e pouco inteligente! “Aborreço, desprezo as vossas festas, e as
vossas assembleias solenes não Me dão nenhum prazer” (Am 5.21).
Famílias não são unidas por costumes enraizados no paganismo. As
famílias precisam firmar-se na Palavra de Deus (Sl 128; Dt 6.4-9; Cl 3.18-24).
Aquilo que não é firmado nas Escrituras despencará (Mt 7.26,27). Doa a quem
doer: famílias que comemoram a festa pagã do Natal, pagãs são também! Este
é o dever dos lares cristãos: “Rejeita as fábulas profanas e de velhas, e exercitate
a ti mesmo em piedade” (1Tm 4.7).
Quanto à felicitação “Feliz Natal”, a palavra “natal” significa
“nascimento”; entretanto, por certo sabemos que Jesus não nasceu nessa data:
O que se desboca em mentiras é enganador [...] Não mintais uns aos outros, pois
já vos despistes do velho homem com os seus feitos (Pv 14.25; Cl 3.9). Quem
nasceu, então? O deus-sol. Logo, quem diz “Feliz Natal” está dando boas-vindas
a um ídolo! Guardai-vos dos ídolos (1Jo 5.21). Caso alguém diga “Feliz Natal”
para você, responda: “Jesus o abençoe”.
Acerca dos alimentos do Natal, leia o item 4 do estudo A Ligação do Natal
com o Paganismo de Yule.
Bibliografia
1. Bíblia de Recursos para o Ministério com Crianças. 2.ª Ed. São Paulo: Hagnos, 2003, pág. 545, nota de rodapé.
2. SACCONI, Luiz Antonio. Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa — comentado, crítico e enciclopédico. São Paulo: Nova Geração, 2010, pág. 400.
3. Bíblia de Recursos para o Ministério com Crianças, pág. 1196, nota de rodapé.
4. SILVEIRA, Horácio. Santos Padres e Santos Podres — existem ambos? Belo Horizonte: Dynamus, 2001, pág. 199.
5. MACEDO, E. Estudo do Apocalipse — Volume Único. Rio de Janeiro: Unipro Editora, 2011, pág. 331.
6. Enciclopédia Barsa. Volume 11. São Paulo, 1998.
11. apud Santos Padres e Santos Podres, págs. 201, 206 e 207.
12. Enciclopédia Barsa, pág. 274ss.
13. Grande Dicionário Sacconi, pág. 1221.
14. IONI, Cetelin. De onde vem o Papai Noel? Seleções Reader’s Digest. Rio de Janeiro, pág. 83, dez. 2009.
15. Seleções, pág. 81.
16. Idem, págs. 82,83.
17. HUNT, Dave. Jerusalém — Um Cálice de Tontear: As profecias sobre a Cidade Santa. Porto Alegre: Actual, 1999, pág. 326.
18. Santos Padres e Santos Podres, pág. 212.
19. McNAIR, S. E. Pequeno Dicionário Bíblico. Bíblia Obreiro Aprovado. Rio de Janeiro: CPAD, 2011, pág. 1698.
20. Saturnália, in: Wikipédia, id.
21. Santos Padres e Santos Podres, pág. 212.
22. MATHER, George A.; NICHOLAS, Larry A. Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo. São Paulo: Vida, 2000, pág. 376.
23. BÍBLIA SAGRADA. Nova Tradução na Linguagem de Hoje. Barueri: SBB, 2000.
24. Grande Dicionário Sacconi, pág. 1870.
25. A Catechism of Christian Doctrine apud COFFEY, Tony. Respostas às Perguntas que os Católicos Costumam Fazer. Rio de Janeiro: CPAD, 2007, pág. 147.
26. Respostas às Perguntas que os Católicos Costumam Fazer, págs. 149,150, adaptado.
27. SOARES, Matos. Bíblia Sagrada. 3.ª Ed. São Paulo: Paulinas, 1989.