Vivemos a época em que muitos pastores perderam a base sólida sobre o que seja igreja e o seu valor dentro do propósito eterno de Deus. Há pastores que “servem” o Reino de Deus por status e por dinheiro. Privatizam o Reino de Deus, fazendo dele um negócio particular. Não entendem que a igreja não é seu ganha-pão, mas deve ser parte de sua vida e de suas emoções. Deve ser sua paixão. Esqueceram que Igreja não é lugar para se fazer carreira espiritual.
Lamentavelmente, muitos pastores fizeram de sua igreja um supermercado com verniz religioso. A igreja não é mais um agrupamento dos salvos pelo sangue de Cristo, mas um supermercado. A oração deixou de ser comunhão com Deus e passou a ser uma lista de compras feita ao “Deus-Supermercado”. Esses líderes levam os crentes a pensarem que oração é manejar os cordéis de um Deus patético, para Ele realizar os caprichos humanos.
Os pastores do “Deus-Delivery” buscam notoriedade. Perderam a visão de que somos chamados para servir e não para senhorear o Reino de Deus. Quem deseja notoriedade está dominado pelo pecado dos nossos primeiros pais. Está aliado ao desejo pecaminoso que vem desde o Éden: “Sereis como Deus” (Gn 3.5).
O desejo de ver o nome estampado em gás néon é uma das maiores evidências de infantilidade espiritual. Quem é espiritualmente sadio busca apenas servir. É triste, mas muitos pastores não querem lavar pés. Querem ter os pés lavados. O brilho deve ser o dele e não o de Cristo. Buscar holofotes é jactância. É usurpação espiritual. A glória deve ser sempre de Cristo! Deus disse a Jeremias: “Procuras tu grandezas para ti mesmo? Não as busques” (Jr 45.5).
Os líderes do “Deus-Delivery” nunca atentaram para as palavras do Batista: “Convém que ele cresça, e que eu diminua” (Jo 3.30). Usar o Evangelho para projeção do ministério é uma estultícia. É uma das situações mais anormais que conheço. É-me algo irracional. É um contrassenso.
Os pastores do “Deus-Delivery” têm um ego tão eivado que não sobra oxigênio para mais alguma coisa respirar junto deles. São como naftalina. Aonde chega exala a expressão: “eis-me aqui, aqui estou”. Odor de soberba! Querem ser o primeirão. O “dono da bola”. A igreja dele é a maior e a melhor. Tem telão 3D. Estacionamento vertical. Berçário chique. Poltronas reclináveis. Púlpito de vidro.
A obra de Deus tem sofrido muito por causa das vaidades pessoais dos pastores do “Deus-Supermercado”. Esses homens vivem ensimesmados, olhando somente para si, fazendo o que lhe agrada.
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