A ENGANAÇÃO ROLA SOLTA
Vivemos numa época em que o homem passou a ser o referencial e o fio de prumo de tudo. A época é antropocêntrica. Como resultado as pessoas querem um deus minúsculo amoldado a elas. Diante disso, o culto a Deus tornou-se irrelevante. O drama do calvário foi esquecido. O culto não traz à memória o que nos traz vida e esperança. A banalização no culto é geral. No momento do culto, anunciar-se vendas de casas e terrenos. Fazem-se propaganda de profissionais liberais. Anunciam-se empregos. Na oração pede-se a Deus para abençoar o cajueiro do sítio do irmão. Em breve venderão bananas e laranjas.
O culto deve visar Deus. Exaltar o Seu nome. Agradecer pelo Seu amor e proteção. Proclamar Seus feitos. Anunciar Suas grandezas. O culto a Deus não pode ser um blábláblá humano, mas sim a proclamação dos atos de Deus e o anúncio das Escrituras. Lamentavelmente, a tagarelice humana, os insights (compreensão) humanos, as pseudas revelações e a algazarra sonora têm sido o arcabouço do culto moderno. A realidade é que muito culto é apenas “enrolação” espiritual.
Pessoas sem desejo de compromisso com Deus sentem-se muito bem em um culto que apazigue seus corações. Se uma pessoa está longe de Deus e o que ela ouve e vê no culto confirma seu estilo de vida, esse culto pode ter sido significativo para ela. Porém, não foi um culto relevante. O culto contemporâneo excluiu Jesus. Tire Buda do budismo e o budismo continua. Tire Confúcio do confucionismo e o confucionismo continua. Tire Kardec do espiritismo e o espiritismo continua. Tire Jesus do culto e este se acaba, pois cultuar é nutrir a mente com Cristo!
Nossa cultura é de entretenimento. Tudo é visto como diversão. A cultura de entretenimento impregnou os cultos das igrejas. Até sorteios são anunciados durante o culto. Alguns para justificar o uso de sorteios na igreja dizem que Pedro se utilizou da sorte para escolher o substituto de Judas, o traidor.
Jesus havia ordenado que os discípulos não fizessem nada até a vinda do Consolador, o Espírito Santo, o qual os direcionaria em tudo (Lucas 24:49). A Igreja deveria esperar a vinda do Espírito Santo, sem agir antes. Pedro, porém, precipitou-se e resolveu escolher um novo apóstolo para substituir Judas. Pedro agiu antes de o Espírito Santo chegar. Utilizou-se da sorte baseando-se no Antigo Testamento em que Deus permitia em alguns casos o uso da sorte, fazendo expressar Sua vontade.
Pedro era cheio de coisas judaicas, ele quis misturar a lei e a graça. Em Gálatas 2:14 Paulo repreendeu Pedro pelo fato dele ter obrigado aos gentios viverem como judeus. Isso deixa claro que Pedro era cheio de coisas judaicas, que o levou à precipitação, escolhendo o homem errado para apóstolo, Matias. Todos os apóstolos foram escolhidos diretamente por Jesus Cristo (Atos 1: 2). Paulo foi o legítimo substituto de Judas escolhido diretamente por Cristo G(l 1:1). Portanto, o uso de sorteio na igreja é judaização do Evangelho.
Culto não é brincadeira. É entrar na presença de Deus e conduzir o povo de Deus num relacionamento com Ele.
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