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08 setembro 2022

A FESTA QUE JESUS NÃO FOI!!!

No Evangelho de João 5:2-3 está escrito: Ora existe ali junto à porta das ovelhas um tanque chamado Betesda o qual tem cinco pavilhões, neste jazia uma multidão de enfermos, cegos, coxos e paralíticos, Jesus saiu da Galiléia e foi a Jerusalém, e em Jerusalém estava acontecendo uma festa no templo e Jesus ao chegar a Jerusalém dirige-se ao tanque de Betesda e não a festa que estava ocorrendo no templo, ali, naqueles pavilhões do Tanque de Betesda, diz a bíblia que havia uma multidão de enfermos, coxos, cegos, paralíticos, surdos, mudos e leprosos, havia um paradoxo entre a festa que estava ocorrendo no templo e o tanque de Betesda, no templo estava a aristocracia religiosa, no templo havia-se imponência, glamour, polpa, havia rituais, no templo haviam pessoas adornadas, palavras ensaiadas, gestos, incensos, atrativos suntuosos, já no tanque de Betesda havia uma multidão de necessitados, Jesus ao chegar em Jerusalém, ele opta em ir ao tanque de Betesda e não a festa que ocorria no templo, porque Jesus optou em ir ao tanque de Betesda e não à festa que ocorria no templo? No Tanque de Betesda estavam as pessoas que não podiam entrar no templo, no tanque de Betesda estavam as pessoas privadas de adentrar no templo, aos olhos dos aristocratas religiosos que estavam ali naquela festa do templo, as pessoas que estavam junto ao tanque de Betesda não tinham valor para eles, porque aquelas pessoas presente no tanque de Betesda não faziam parte da religião oficial, da religião institucionalizada, ou seja, uma religião prescrita por homens que  vai de encontro ao caráter e a missão de Jesus, porque Jesus é o salvador misericordioso, cheio de compaixão, e as pessoas não tinham compaixão, amor, com aqueles que estavam no tanque de Betesda, mas Jesus é misericordioso e cheio de compaixão, em Mateus  9: 36 diz: "E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas...", Matheus 15:32 diz: E Jesus, chamando os seus discípulos, disse: Tenho compaixão da multidão, porque já está comigo há três dias, e não tem o que comer; e não quero despedi-la em jejum, para que não desfaleça no caminho, já os fariseus não tinham compaixão de ninguém, não eram misericordiosos, os aristocratas religiosos presente naquela festa não tinham compaixão  com o próximo, no evangelho de João 7:49 o sinédrio que era o concílio supremo que regia as questões religiosas do judeu, disse à Nicodemos: Essa multidão é maldita. Jesus não foi ao templo porque as pessoas que ali estavam fizeram os seus próprios padrões religiosos e não observavam os carentes, os necessitados como gente, as pessoas presente naquela festa do templo estavam vestidas com uma capa de religiosidade, com uma máscara de religiosidade, pensavam que podiam  agradar a Deus com presunções humanas, mas Deus não se prende a rituais, a glamour, a polpa e nem a liturgias, Deus não está em uma igreja que quer fazê-lo refém dos conceitos humanos, refém de presunções humanas, Deus não está numa igreja que quer fazê-lo prisioneiro de ritos, Deus não está numa igreja onde o seu dono é usado para manipular as pessoas, Deus não está numa igreja onde existe falsidade litúrgica, onde há corrupção espiritual, onde há vitupério, onde há salteadores, onde há covil de bandidos. Deus não está presente onde o culto glorifica o homem, onde o culto é programado para impressionar as pessoas. Há Pastores hoje em que  se assemelha aos aristocratas religiosos que estavam presente naquela festa, valorizam o templo, valorizam o prédio, valorizam construção, cimento, ferro, pedra, granito, porcelanatos, vitrais, decoração e etc...... 

O que realmente move o coração de Deus é enfermidade espiritual do homem e não a arquitetura, nem a engenharia, os aristocratas religiosos que estavam participando daquela festa no templo, eles tinham o "eu" empinando, eles se achavam os tais, eram cheios de si, hoje não é diferente, há pessoas dentro das nossas igrejas que criaram um arcabouço religioso e se acham superiores aos demais, inclusive acreditam que sua denominação evangélica é melhor e superior do que as demais, esse arcabouço religioso que muitos carregam dentro de si, gera segregação. Mas a opção de Jesus não foi em ir ao templo onde acontecia a festa, não foi em ir aonde estavam os orgulhosos, nem tão pouco ir onde estavam os valentes, mas sim ir até os necessitados, os insignificantes aos olhos da sociedade, porém muitos hoje que vão à academia praticar ginástica tomam  anabolizantes para ficarem bombados, há muitos dentro das igrejas que com ironia podemos chamá-los de sarados espirituais, ou bombados espirituais, devemos entender que igreja não é academia de ginástica, a igreja não está aqui na terra para formar bombados espirituais, não se pode subornar Deus com nenhum arcabouço espiritual, se sentirmos superior aos demais porque sabemos mais de grego, latim, hebraico, ou até mesmo ser doutor em ministério, em teologia estamos totalmente equivocados, se você achar que por utilizar um anel no dedo é superior aos demais, você está enganando, estou convencido que o maior inimigo do cristianismo é o orgulho de títulos eclesiásticos, eu sou o presidente, eu sou diácono eu sou evangelista, eu sou presidente do círculo de oração, eu sou presbítero, eu sou pastor, eu sou, eu sou , eu sou..........o orgulho é a estima, o amor desordenado de si mesmo, que leva a pessoa a desprezar os outros e elevar-se acima deles, atribuindo a si o que é de Deus, devemos entender que título que precisamos para servir à Deus, já temos - Servo. O ministério eclesiástico, constituído de muitas funções a serem desempenhadas em favor da Igreja do Senhor, envolve de tal forma aqueles que a ele se dedicam, que exige tempo, esforço, preparo, unção e cuidado. Se o obreiro não souber administrar seu comportamento, com graça e vigilância, poderá ser vítima da vaidade ministerial, que tem levado muitos ao desprestígio e queda, diante de Deus, da igreja e dos homens. Solenemente proclama a Bíblia: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda" (Pv 16:18). Dessa forma, é imprescindível estar atento ao que se passa em torno do ministério. O perigo pode não estar longe, mas bem perto, dentro de cada um obreiro do Senhor. Além do sexo, dinheiro e poder, que são os três elementos mais comuns, usados pelo diabo para derrubar líderes, há outros, derivados desses, que minam as bases do ministério de muitos obreiros, levando-os a serem vaidosos no ministério. Vaidade vem de vanitate (lat.), com o significado de "vão, ilusório, instável ou pouco duradouro; desejo imoderado de atrair admiração ou homenagens". 

Jesus é comovido pelo nosso quebrantamento, pela nossa constrição, é comovido quando nosso clamor é semelhante ao do profeta Isaías quando clamou dizendo: "Aí de mim que vou perecendo" (Is 6:5). Nossas igrejas precisa-se urgentemente ser casa de misericórdia e não catedrais suntuosas, belíssimas finíssimas com mármores, telões, granitos, vitrais importados com tapete persa, decoração a laser não! O orgulho é a estima, o amor desordenado de si mesmo, que leva a pessoa a desprezar os outros e elevar-se acima deles, atribuindo a si o que é de Deus.

Quando o ministro perde essa visão, acaba pensando que o cargo é fonte de poder pessoal, humano e carnal, e passa a usar a posição para a satisfação de interesses pessoais ou de grupos que se formam ao seu redor, e deixa-se dominar pela vaidade ministerial. Uzias, que reinou em lugar de seu pai, Amazias, aos dezesseis anos de idade, teve um grande ministério, aconselhando-se com Zacarias. A Bíblia diz que ele, "nos dias em que buscou o Senhor, Deus o fez prosperar" (2 Cr 26.3,5). Acrescenta, ainda a Palavra, que Uzias foi "maravilhosamente ajudado até que se tornou forte. Mas, havendo-se já fortificado, exaltou-se o seu coração até se corromper; e transgrediu contra o Senhor seu Deus, porque entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso" (2 Cr 26.15,16).

Esse episódio demonstra que a ilusão ou a vaidade do poder, oriundo da posição que o líder ocupa é fonte de comportamentos os mais estranhos e imprevisíveis. O diabo se aproveita das fraquezas da personalidade de certas pessoas, e incita-as a julgar-se grandes demais, a ponto de extrapolarem suas ações, agindo de modo ilegítimo, e contra a vontade de Deus. Uzias foi grandemente abençoado, até que, sentindo-se forte, ou seja, cheio de poder, entendeu que podia imiscuir-se nas funções que eram privativas do sacerdote de sua época. Porque ele fez isso? Porque se deixou dominar pela vaidade do poder. É muito importante que o obreiro, no ministério, tenha consciência de que o poder que lhe sustenta não é o poder pessoal, nem o poder do cargo. O homem de Deus só pode ser sustentado e permanecer firme, se reconhecer que o poder vem de Deus. Davi disse: "Uma coisa disse Deus, duas vezes a ouvi: que o poder pertence a Deus" (Sl 62:11). Paulo, doutrinando aos efésios sobre as armas que são colocadas à disposição do crente, ensinou: "No demais, irmãos meus, fortalecei-vos no Senhor e na força do seu poder" (Ef 6.10).


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