Vivemos a época do rótulo. As pessoas se ligam em rótulo. Conteúdo não lhes interessa. O negócio é manter a fachada. Há muita gente pensando que ser avivado é saltar, gritar e rodopiar no culto. Esse tem sido o rótulo que é confundido com avivamento.
Os intoxicados com o rótulo definem o Espírito Santo como sendo o poder de Deus na vida do crente. Engano! O Espírito Santo é uma pessoa divina que convence o homem do pecado da justiça e de juízo. É aquele que nos mostra Cristo, nos ensina as Escrituras, opera em nossos corações produzindo santificação. Ele nos aproxima de Deus! Testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.
O Espírito Santo não é um fio descascado dando choque nas pessoas fazendo-as gemerem, grunhirem, gritarem e se arrastarem como minhocas pelo chão. A igreja está perdendo a real operação do Espírito Santo no embaraço de novidades da “feira evangélica” que atola o povo nas quinquilharias e bugigangas carnais. O Espírito Santo não é “multiplicador de sonhos”. Não é produtor de catarse. Não induz ao transe hipnótico. Não produz um estado de excitação e expectativa nas pessoas. Não produz euforia. Não faz lavagem cerebral e não é office boy de ninguém.
Avivamento é dizer como Paulo: ”Já estou crucificado com Cristo; e vivo não mais eu, mas Cristo vive em mim”. Avivamento é ser como Cristo. Avivamento é vida cristificada.
Há pastores falando que a igreja evangélica brasileira precisa de uma reforma. Mas, esses pastores para manter o “rótulo de boa índole” fazem concessões e transgredem os valore do Reino de Deus. Em nome do Evangelho fazem trambiques e atos desonestos. Fazem parcerias com políticos. Dizem de púlpito as ofertas recebidas. Após a mensagem fazem o apelo para “aceitar Jesus” e jogam confetes de elogios aos incrédulos por terem vindos à frente receber a “papagaiada oração do pecador”.
A fama de Sodoma era conhecida. A cidade cometia terríveis pecados. Deus mesmo disse: “O pecado dos seus moradores é muito grave” (Gn 18:20). Os moradores de Sodoma estavam aclimatados ao pecado. Há pastores falando de reforma da igreja evangélica brasileira, mas armaram as tendas de Sodoma em suas igrejas. A cada dia são atraídos pela lixarada de Satanás. Admitem o amancebamento em sua igreja. É simpático ao aborto. Acham interessante a apologia da violência. Consideram o beijaço gay como normal. Têm uma visão sociológica do pecado e sua perspectiva teológica é massacrada pela psicologia contemporânea.
Chega de rótulo! É preciso ter a cosmovisão dos profetas. Os profetas não tinham como preocupação o estar antenados com os novos tempos. Do mesmo modo, a igreja não deve se pautar pelos novos tempos, mas pela Palavra de Deus. A igreja não deve montar uma máquina publicitária para exaltar o seu nome. Ela deve ter como preocupação a glória de Cristo. Só assim seremos desintoxicados do rótulo e o avivamento chega. Rótulos foram feitos para produtos, não para crentes.
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