As pregações atuais são uma enxurrada de palavras de ordem: “Você nasceu para ser feliz”; “Deus prometeu deixar todos nós ricos”; e outras tolices antibíblicas. O Evangelho genuíno está fora de moda. (Está démodé). É urgente uma nova Reforma, não de cosmética. Mas, uma nova Reforma que enfatize a salvação pela graça por meio da fé e o andar com Jesus em uma vida piedosa. Chega de mutretas! Precisamos de santos!
Hoje, os 318 de Abraão, que foram libertar Ló e recuperar suas riquezas, têm mais espaço nas pregações dos pastores que os 12 discípulos de Jesus, martirizados pela sua fé. Não se fala mais de santidade, mas de obtenção de riquezas. Não se prega mais vida íntegra, mas o que Deus nos “deve”. Nesse contexto, as igrejas se tornaram covis de salteadores. Quem quiser atrair gente para a igreja diga que Deus vai encher sua carteira.
Atualmente, há uma visão muito infantil: querer ser abençoado. A abominável teologia da prosperidade enfatiza muito a vida abençoada de Abraão. Ledo engano! Ele já era rico quando Deus o chamou. Não foi o cumprimento de regras e votos que o tornaram rico. Deus prometeu abençoá-lo, mas chamou-o para ser uma bênção. A maturidade espiritual reside aqui: querer ser bênção. Quem é bênção é abençoado. Lamentavelmente, querer ser bênção está fora de cogitação.
Na igreja atual, a Bíblia está esquecida, Deixou de ser normativa e passou a ser indicativa. A Bíblia não é mais norma, mas legitimadora de práticas subjetivas dos crentes. A perda da teologia da cruz nas pregações é alarmante. As pregações centradas em Cristo, na Cruz e na Bíblia, foi substituída pela visão teológica centrada nas sensações. Um sermão não terá alcançado seu propósito se produziu histerias e excitações. Tê-lo-á alcançado se cada crente puder dizer ao que está em João 11:16: “Disse, pois, Tomé, chamado Dídimo, aos discípulos: vamos nós também, para morrermos com ele”.
Um sermão genuinamente bíblico está esquecido. A moda é produzir algazarra e ruídos. O sermão bíblico produz sentimentos nobres, como a gratidão, a consagração e o desejo de dar a vida por Jesus. Hoje, Isto está esquecido, pois só se pensa em prosperidade material. O sermão bíblico é aquele que nos leva a refletir o ser e o agir de Deus, a pessoa e a obra vicária de Jesus.
O culto bíblico está esquecido. Práticas umbandistas têm se infiltrado a tal ponto que não dá a distinção perfeita entre Evangelho e macumba. No culto há um narcisismo sem igual. Há uma incrível exibição de arrogância espiritual. O que há de “santo homem de Deus”, “canal especial de Deus”, “profeta de Deus”, trombeteados nos púlpitos, é constrangedor. Esses “santos homens de Deus” têm “linha vermelha” com Deus e assim, não precisam de mais nada. Sabem tudo. Colocam-se acima do bem e do mal. Gritam bem, têm voz forte, e dizem que têm “poder espiritual inigualável”. Ou seja, ser simples e humilde é démodé.
O culto bíblico tem um foco: a cruz de Jesus e sua ressurreição. É cristológico e cristocêntrico. Nesse contexto, não há arrogância espiritual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
FAÇA SEU COMENTÁRIO