A igreja vem se transformado em casa dos homens: lugar só para conforto e bem-estar, um lugar para ajudar superficialmente na vida. A música na igreja vem substituindo a pregação da sã doutrina. Alguém comentou com outro crente “Ontem o Culto em nossa igreja foi tão bom que não houve tempo para a pregação, pessoas se converteram somente pelas músicas”. Engano!
A Igreja não é uma instituição humana. Ela tem origem espiritual, com valores eternos. Ela tem uma mensagem viva da parte de Deus aos homens. A Igreja é a única instituição sobre a face da terra que tem autoridade divina. Pregar o Evangelho que coloca a vida do homem em ordem com Deus só a igreja pode fazer. Nenhuma outra instituição pode. Se a Igreja perder essa visão nivela-se a qualquer outra instituição. Portanto, a Igreja não deve buscar popularidade e aplauso do mundo. A multidão que gritava “Hosana ao Filho de Davi”, menos de uma semana depois gritava “Crucifica-o!”.
Hoje, a igreja é vista como quem deve apoiar tudo o que os homens fazem. Alguns acham que sua função é tornar pessoas felizes. Disse um pastor: “Hoje as pessoas querem informalidades e divertimentos e a igreja precisa oferecer isso”. É a humanização da igreja. A igreja que adapta a mensagem do Evangelho aos sonhos e quereres humanos não é a igreja do Senhor Jesus. Se a igreja é para dizer que tudo é certo e que as pessoas podem fazer o que quiser, ela não é mais necessária.
A famigerada frase de alguns líderes: “Deus tem um plano amoroso para a sua vida” é antibíblica. A primeira mensagem da igreja cristã não foi o amor, mas o chamado ao arrependimento, à mudança de atitudes e uma nova vida com Deus. Em Jesus chega o vinho novo. Lendo os evangelhos, se verifica que o tema de Jesus é Ele mesmo. Paulo disse: “Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras e ressuscitou dos mortos segundo as Escrituras”. Portanto, dizer que Jesus foi morto porque pregou o amor e a paz é engano.
Lamentavelmente muitas igrejas têm transformado o Evangelho em ritos, gestos, roupas pomposas e celebrações teatrais. Hoje, as pessoas são hipnotizadas pelo poder da coerção e por músicas sincopadas. Inventaram um tal de “desabafar no Espírito”. Tome tremeliques, grunhidos, suspiro choroso e truques carismáticos. A convicção do coração é substituída por primitivas hipnotizes de massa. A ofensa da cruz é evitada. Nesse contexto, tem-se culto que não cultua. Adoração que não adora. Orações vazias e igreja anêmica.
Há muitos pastores querendo que a igreja seja amigável. Têm o pecador como um coitadinho. Por isso pregam um cristianismo folgazão. A igreja não está no mundo para fazer relações públicas, mas para entregar um ultimato ao pecador: vida ou morte. Ela chama os homens a deporem as armas e se renderem a Cristo. O pecador não é um coitado, mas um rebelde de armas nas mãos contra Deus. Portanto, precisa de arrependimento. Precisa deixar de ser amigo do mundo e ser amigo de Deus.