Precisa-se de um Pastor que nunca pense que seu poder de persuasão pode produzir novos convertidos. Precisa-se de um Pastor que nunca pense que sua missão é estabelecer a boa vontade entre Cristo e o mundo. Precisa-se de um Pastor não do tipo “profissional da área religiosa”, mas “servo da área celestial”. De preferência um pastor que não tenha especialização em telemarketing ou vendas. Também não precisa ser especialista em análise de mercados e doutor em projetos mirabolantes de crescimento de igreja.
Precisa-se de um Pastor que esteja interessado em pastorear seu rebanho tendo cada ovelha como um filho, não como um número. Esse pastor pode ser de origem humilde, sem o grau de PhD. Que tenha apenas o bom senso de levar a sério o seu chamado de ganhador de almas. Que seja amigo do rebanho. Pregador da Palavra. Intercessor. Porta-voz da sã doutrina. Que sorria com os que sorriem. Chore com os que choram. Que visite a viúva, o pobre e também o rico. Que ame e acolha a todos sem acepção. Que se importe com a dor do idoso e com a alegria do jovem. Que seja manso e cordato, porém, peremptório nas afirmações bíblicas.
Precisa-se de um Pastor que use a Bíblia em seus sermões, e não as publicações à la carte com interpretações bíblicas espúrias. Precisa-se de um Pastor que caminhe nesta vida de joelhos diante de Deus. Um pastor que faça do templo um lugar onde os fiéis de consagrem para a oração, a meditação, a reverência e a dedicação a Deus. Que não faça do templo o lugar ideal para a “aeróbica cristã”. Um pastor que leve o rebanho a adorarem ao Senhor com as preciosidades da hinódia evangélica. Com músicas firmadas nas verdades da Palavra de Deus e não em palhas e restolhos de emoção fútil.
Precisa-se de um Pastor que diga a verdade, pela Bíblia, doa a quem doer, sem jamais perder a doçura. Que nunca facilite na autoridade da Bíblia através de mensagens adocicadas para a aprovação dos homens. Que seus apelos sejam sempre para os homens negarem a si mesmos, tomarem a cruz e seguirem a Cristo por um caminho estreito. Nos sermões nunca use de métodos ilegítimos, mas que leve os ouvintes a contemplarem as verdadeiras implicações do que significa seguir a Jesus.
Precisa-se de um Pastor que não faça do púlpito um palco onde as pessoas são entretidas pelo humor e histórias engraçadas. Que não faça do púlpito um palanque. Que não busque os aplausos e a glória dos homens, mas a glória de Deus. Que não esteja de olho nas recompensas terrenas, mas nas celestiais. Que abra as portas da igreja para todos, mas coloque um aviso: “o pecador é bem-vindo; o pecado não”.
Precisa-se de um Pastor que não tenha receio de assumir posições contra o aborto, o divórcio e o casamento gay. Um pastor que não coloque os fiéis bem sucedidos nos bancos da frente, e reserve os últimos assentos para os pobres e os inexpressivos socialmente. Que não dê assistência apenas para os que têm polpudos salários, desprezando os que contribuem com moedas.
Precisa-se de um Pastor que não construa mega-templos. Que não faça culto para os homens e mulheres de negócios, ensinando-lhes a ficarem mais ricos. Que nunca ensine que doenças e adversidades não são para crentes. Precisa-se de um Pastor que saiba ser homenageado rendendo honras a Deus. E saiba resignar-se quando for esquecido. Precisa-se de um Pastor segundo o coração de Deus!
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